quarta-feira, 9 de abril de 2014

Mineiros já pagam mais caro pela energia da Cemig.

Aneel define reajuste médio das tarifas da Cemig em 16,33%
 Para o consumidor residencial, aumento é de 14,24%
A tarifa de energia elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi reajustada com índice médio de 16,33% na última segunda-feira. O aumento foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e passa a vigorar a partir dessa terça-feira (08). 
Para o consumidor residencial a mordida é um pouco menor, de 14,24%. Metade dos consumidores da Cemig Distribuição recebeu faturas inferior a R$ 60 ao longo de 2013. Isso significa que essas famílias tiveram uma despesa diária com energia elétrica inferior a R$ 2,00. Com o reajuste tarifário, esse valor aumentará para cerca de R$ 680.
Já os consumidores industriais e o setor de serviços, atendidos em média e alta tensão de energia, o aumento médio foi de 12,41%. Para os consumidores atendidos em baixa tensão o reajuste médio será de 15,78%.
De acordo com o gerente de Tarifas da Cemig, Ronalde Xavier Moreira Júnior, o consumidor somente vai perceber o reajuste total a partir da fatura de maio. “Isso acontece porque as datas de leitura das contas de energia são distribuídas ao longo do mês. Assim, em abril, os consumidores pagarão uma parte do consumo ocorrido antes de 8 de abril ainda conforme a tarifa antiga e a outra parcela do consumo já com o reajuste da tarifa”, explica o gerente.
Cálculo da fatura
Do valor cobrado na fatura, apenas 25,8% ficam na Cemig Distribuição e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação e o custeio da Concessionária. Os demais 74,2% são repassados para cobrir a compra da energia (39,8%), encargos setoriais (4,9%) e encargos de transmissão (3,5%), ICMS (21%) e Pasep/Cofins (5%), que são custos repassados aos governos estadual, federal e outros agentes do setor elétrico.
Segundo Ronalde Xavier, o principal aumento de custos em 2014 foi o gasto com a compra de energia, em função da utilização das usinas termoelétricas desde o ano passado. “O preço da energia dessas usinas é praticamente o dobro das usinas de fonte hidráulica. O aumento dos custos com compra de energia foi de R$ 679 milhões quando comparamos 2014 com 2013. Somente esse componente é responsável por 7,80% do reajuste.”

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