Praça no centro de Joaíma inspirou Carlos Imperial a compor a música A Praça, grande sucesso nacional, em 1967.
Praça Olinto Martins, no centro de Joaíma, no Baixo Jequitinhonha, virou tema musical que ficou na história da Música Popular Brasileira.
Muita gente não sabe, mas foi uma Praça da cidade de Joaíma, no Baixo Jequitinhonha, nordeste de Minas, que inspirou o compositor Carlos Imperial a compor a música A Praça, gravada pelo cantor Ronnie Von, em 1967, grande sucesso musical, no final da década de 60.
Há 47 anos, esta música é cantada por milhões de brasileiros, tendo ficado no imaginário da geração dos anos 60 e passada de pai para filho, como uma das canções mais românticas da MPB - Música Popular Brasileira, com um arranjo de bandinhas do interior.
É também uma das músicas mais tocadas por bandas de músicas, formada por instrumentos de sopro como piston, trombone, flauta, saxofone, bombardino, baixo tuba e uma bateria com tarol, bumbo e prato para marcar o ritmo musical.
Por muito tempo, esta música virou trilha sonora de abertura do Programa de TV A Praça é Nossa, do SBT.
Tadeu Martins, professor, poeta, compositor, cordelista e contador de causos, da cidade de Itaobim, no Médio Jequitinhonha, resgata esta história. E registra também, de passagem, a origem do cantor e compositor da jovem guarda, Eduardo Araújo, da mesma cidade de Joaíma.
Confiram no video abaixo:
A Praça
Composição: Carlos Imperial
Gravação: Ronnie Von
Hoje eu acordei
Com saudades de você
Beijei aquela foto
Que você me ofertou
Sentei naquele banco
Da pracinha só porque
Foi lá que começou
O nosso amor...
Senti que os passarinhos
Todos me reconheceram
E eles entenderam
Toda minha solidão
Ficaram tão tristonhos
E até emudeceram
Aí então eu fiz esta canção...
A mesma praça, o mesmo banco
As mesmas flores, o mesmo jardim
Tudo é igual, mas estou triste
Porque não tenho você
Perto de mim...
Beijei aquela árvore
Tão linda onde eu
Com o meu canivete
Um coração eu desenhei
Escrevi no coração
Meu nome junto ao seu
Ser seu grande amor
Então jurei...
O guarda ainda é o mesmo
Que um dia me pegou
Roubando uma rosa amarela
Prá você
Ainda tem balanço
Tem gangorra meu amor
Crianças que não param
De correr...
A mesma praça, o mesmo banco
As mesmas flores, o mesmo jardim
Tudo é igual, mas estou triste
Porque não tenho você
Perto de mim...
Aquele bom velhinho
Pipoqueiro foi quem viu
Quando envergonhado
De namoro eu lhe falei
Ainda é o mesmo sorveteiro
Que assistiu
Ao primeiro beijo
Que eu lhe dei...
A gente vai crescendo
Vai crescendo
E o tempo passa
E nunca esquece a felicidade
Que encontrou
Sempre eu vou lembrar
Do nosso banco lá da praça
Foi lá que começou
O nosso amor...
A mesma praça, o mesmo banco
As mesmas flores, o mesmo jardim
Tudo é igual, mas estou triste
Porque não tenho você
Perto de mim...(2x)
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