247 – O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, avalia de forma bastante positiva o acordo fechado em Bali, na Indonésia, entre os ministros da Organização Mundial do Comércio (OMC). O pacote, que prevê medidas de facilitações no comércio mundial, deve ampliar a participação do Brasil nos negócios internacionais, de acordo com o ministro.
"As medidas anunciadas na Indonésia vêm ao encontro do trabalho em curso no governo federal para simplificar o processo de exportação e importação de bens e serviços", disse Fernando Pimentel, para quem o acordo, o primeiro mundial em 20 anos na organização, é "histórico". O ministro se refere principalmente às regras de preenchimento automático de quotas tarifárias no setor agrícola e às normas de facilitação de comércio aprovadas na reunião.
Ainda segundo o ministro, o acordo dará um "novo significado" à entidade, agora comandada pelo brasileiro Roberto Azevêdo, eleito com a ajuda da articulação de Pimentel (leia mais aqui). "Os acordos assinados ontem, os primeiros desde a fundação da OMC, darão novo significado à entidade, que recupera seu papel estratégico na definição das regras do comércio global", disse o ministro.
Pimentel, que esteve em Nova York, nos Estados Unidos, e Buenos Aires, na Argentina, ao longo da semana, participou das negociações que levaram ao fechamento do acordo mesmo à distância. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) foi representado na reunião ministerial pelo secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho.
Fonte: Brasil 247
Economia de Minas sai ganhando
A economia de Minas baseada na crescente dependência da pauta de exportações do minério de ferro para a China expõe um dilema do estado desde o início do século passado, quando as ricas reservas do quadrilátero ferrífero foram descobertas. “Minério não dá duas safras”, disse o ex-presidente Artur Bernardes à época, expondo o temor de que as jazidas fossem exploradas apenas para exportação, sem nenhuma industrialização no estado.
A tecnologia evoluiu e o minério já dá duas safras, mas Minas continua exportando a maior parte do minério de ferro que produz na forma bruta. Fornecemos matéria prima para a indústria chinesa se diversificar, sofisticar e competir em setores de ponta.
Exportar commodities gera divisas? Sim. Mas uma pauta equilibrada, com maior participação de produtos de valor agregado, faria bem à indústria e à economia de Minas. Além de ampliar a geração de riquezas, deixaria o estado menos vulnerável a uma eventual diminuição do apetite chinês.
“É quase uma monoexportação. Minas já teve um comércio mais diversificado, com vendas de carnes, café, celulose e veículos, o que demonstra a necessidade de se definir uma estratégia de entrada forte no mercado chinês”, afirma o economista Alexandre Brito, do Centro Internacional de Negócios/Inteligência Comercial da Federação das Indústrias do Estado de Minas (Fiemg) .
O Ministro Pimentel acredita que com as novas regras a economia mineira pode diversificar seus produtos de exportação, assim como diversificar os destinos da exportação para outros países e continente. Ele afirma que foi a vitória do multilateralismo que o Governo Federal vem pregando desde 2003.
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