segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Colher maçã no sul do país é o novo destino dos jovens do Vale do Jequitinhonha

Na Serra Catarinense deverão ser contratados mais de 10 mil trabalhadores.

Foto: divulgaçãoColher maçã no sul do país é o novo destino dos jovens do Vale do Jequitinhonha
O salário varia de R$800,00 a R$ 1.300,00 para uma carga horária de 8 horas.As contratações vão normalmente de 60 a 90 dias.

Depois do corte de cana em São Paulo, colheita do café e da laranja, no sul de Minas Gerais e Espírito Santo,  a nova opção para a maioria dos jovens de baixa renda do Vale do Jequitinhonha, é a colheita da maçã, na serra catarinense,  sul do Brasil.

 Na Serra Catarinense, a colheita da variedade Fuji começa em meados de fevereiro e da Gala entre março e abril.
  
Neste período de colheita, muitas pessoas aproveitam para trabalhar.
  
Nos pomares não é exigida escolaridade mínima e a partir dos 18 anos qualquer pessoa pode trabalhar., Na Serra Catarinense deverão ser contratados mais de 10 mil trabalhadores. 

 A previsão de produção é de 300 mil toneladas. Nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Rio Rufino, Bom Retiro, Urubici, Fraiburgo e Urupema são cerca de 2.200 produtores.

 A Serra Catarinense é a maior produtora de maçã do Brasil.

.O salário  varia  de R$800,00  a R$ 1.300,00 para uma carga horária de 8 horas.

  Os trabalhadores também recebem alimentação e vale transporte.
  
Do Vale do Jequitinhonha  saem todos os anos, centenas de jovens  para trabalhar nos pomares, como os de Bagé e Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul. Elas   ficam em alojamentos nos próprios pomares.

 As contratações vão normalmente de 60 a 90 dias.

A fruticultura Malke, por exemplo, está contratando cerca de 450 pessoas para trabalhar nas cidades de  Lages, São José do Cerrito, Correia Pinto, Painel e Bocaina do Sul.

 A empresa oferece  o salário base de categoria, prêmio produção, prêmio assiduidade, seguro  e alimentação.

As contratações começam em janeiro.

Em Araçuai, no Vale do Jequitinhonha, a previsão é de  que pelo menos 200 pessoas sejam contratadas. Elas saem de municípios vizinhos e muitos, já estão acostumados com a jornada.

É o caso de José Ramos da Silva Neto, o Netinho, 31 anos.

Acostumado ao corte de cana, ele diz preferir a colheita da maçã. “ É menos sofrido. No corte de cana, o sistema é quase de escravidão e muitos trabalham quase sempre para comer”, relembra Netinho, pai de 3 filhos, o mais velho, de 17 anos. “ Não quero mais saber de facão”, diz ele que já está pronto para seguir viagem. “ Devo ir para Bom Retiro”, acredita Netinho, cuja família fica em Araçuai.

Fraiburgo, em Santa Catarina é o destino preferido

O município do meio-oeste catarinense, foi colonizado por alemães e italianos. Distante cerca de 370 quilômetros de Florianópolis e 300 de Curitiba, ele é líder nacional na produção da maçã. E tem um pomar exclusivo para os turistas vivenciarem a experiência de colher a fruta.

Com cerca de 37 mil habitantes, ficou conhecida como Terra da Maçã.

De acordo com a ABPM (Associação Brasileira dos Produtores de Maçã), a atividade gera 98 mil empregos direta e indiretamente na região de Fraiburgo e cidades de Santa Catarina.

Durante o período da colheita da maçã entre os meses de janeiro a abril Fraiburgo recebe um incremento populacional significativo.Em média 10 mil pessoas, provenientes principalmente dos três estados do sul do país, que vão para lá em busca de trabalho.

Em Araçuai, as contratações são intermediadas pelo SINE- Sistema Nacional de Emprego, ligado ao Ministério do Trabalho.

Fonte: Gazeta  de Araçuaí

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