Minas 247 - O controlador-geral do Estado de Minas, Mário Spinelli, afirmou que os governos de Aécio Neves e Antônio Anastasia, ambos do PSDB, deixaram de pagar R$ 1,1 bilhão a empresas contratadas pelo governo, entre os anos de 2003 e 2014.
"A empresa vinha, prestava o serviço para o Estado. O Estado, na hora de pagar, cancelava o empenho. Isso vai para o ano seguinte, sem orçamento, sem nada. É um verdadeiro absurdo. Essa prática o Estado vem fazendo há mais de 10 anos. Só no ano passado, cancelou R$ 1,138 bilhão de empenhos liquidados. É uma prática que prejudica muito o equilíbrio orçamentário, porque você joga a conta para este ano. Esse ano, o Estado tem que pagar R$ 1,138 bilhão sem previsão de orçamento", disse Spinelli em entrevista ao Estado de S. Paulo neste sábado, 28.
Spinelli foi chamado para ser controlador-geral pelo governador Fernando Pimentel (PT). Chegou ao governo com a fama de ser “xerife”, principalmente por ter sido protagonista na ação que desbaratou a chamada Máfia dos Fiscais do ISS na época em que ocupava a função de controlador-geral da Prefeitura de São Paulo, na gestão de Fernando Haddad (PT).
Ele nega ter sido convidado por Pimentel para integrar o governo para investigar especificamente os governos de Aécio e Anastasia. “Eu jamais aceitaria uma missão como essa. A minha missão é atemporal. A gente vai fiscalizar e punir, penalizar independentemente de governo”, disse.
Márcio Spinelli disse também que foi feita uma força-tarefa para julgar e demitir servidores públicos envolvidos em irregularidades. "Demitimos 126 funcionários do Estado nos últimos dois meses, que é um número muito grande. Nós identificamos que deveria haver esse esforço na área correcional, porque isso é uma medida preventiva também. Criamos uma força tarefa para analisar e julgar esses processos num tempo recorde. E tirar essas pessoas do serviço público", afirmou.
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