Manifestações contra o golpe reuniram mais de 300 mil em 39 cidades do país.
Os movimentos sociais realizaram grandes atos nas principais cidades do país nesta quinta-feira (20.08). Milhares de pessoas ocuparam as ruas em defesa da democracia e do governo Dilma. Os manifestantes gritavam palavras de ordem como "Não vai ter golpe!", "Nenhum direito a menos", "em defesa da Democracia", "Contra o golpismo da mídia", "Reforma política já".
As manifestações de rua organizadas pelos movimentos sociais em defesa do mandato de Dilma Rousseff mobilizaram ao menos 39 municípios de 24 Estados e do Distrito Federal .
Segundo os cálculos dos organizadores de 25 desses eventos, os protestos reuniram 300 mil pessoas. A Polícia Militar calcula em torno de 220 mil.
"Apoiamos todos os atos. Sabemos que também há criticas ao governo, por isso não assinamos o manifesto, mas entendemos que elas são secundarias quando comparadas às pautas do protesto, às necessidades da população. Ainda assim, quem tá aqui é contra o golpe, isso é preciso deixar claro", disse o presidente do PT, Rui Falcão.
A frente dos atos, CUT (Central Única dos Trabalhadores), UNE (União Nacional dos Estudantes) e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).
Movimentos sociais se reúnem nas principais capitais do país para rechaçar 'golpismo' e o ajuste fiscal, e exigir a saída de Eduardo Cunha
por Redação RBA publicado 20/08/2015 20:41, última modificação 20/08/2015 20:50
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Cerca de 30 mil manifestantes se reuniram no Rio de Janeiro para defender a democracia
Trabalhadores mobilizados em defesa da democracia, da liberdade e por direitos tomaram as ruas de pelo menos 31 cidades em todo o país hoje (20). As manifestações condenam os protestos "golpistas" do último domingo, criticam o governo Dilma pelo ajuste fiscal, que afasta o governos de sua base popular e põem em risco conquistas sociais dos últimos anos, e pedem a saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara.
Confira as manifestações pelo país.
São Paulo
Na capital paulista, a concentração do ato foi no Largo da Batata, onde mais de 60 mil pessoas, empunhando cartazes, faixas e bandeiras, saíram em passeata até a Avenida Paulista pela democracia, contra o golpismo e em defesa do mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff. "Não vai ter golpe!", foi a principal palavra de ordem entoada pelo multidão.
Rio de Janeiro
Mais de 30 mil pessoas se concentraram na Cinelândia e marcharam via Avenida Rio Branco. Além de exigir o "Fica Dilma!", os manifestantes fizeram críticas ao ajuste fiscal, gritavam "Fora Cunha!" e condenavam a ofensiva conservadora da direita.
Na capital paulista, a concentração do ato foi no Largo da Batata, onde mais de 60 mil pessoas, empunhando cartazes, faixas e bandeiras, saíram em passeata até a Avenida Paulista pela democracia, contra o golpismo e em defesa do mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff. "Não vai ter golpe!", foi a principal palavra de ordem entoada pelo multidão.
Rio de Janeiro
Mais de 30 mil pessoas se concentraram na Cinelândia e marcharam via Avenida Rio Branco. Além de exigir o "Fica Dilma!", os manifestantes fizeram críticas ao ajuste fiscal, gritavam "Fora Cunha!" e condenavam a ofensiva conservadora da direita.
Em Aracaju, a passeata convocada pela Frente Sergipana Popular começou por volta das 16h15, reunindo cerca de 30 entidades. Manifestantes concentrados na praça General Valadão seguiram em caminhada até o Distrito Industrial.
As ruas de Curitiba receberam cerca de 5 mil manifestantes. O estado que recentemente viu a opressão de perto em passeata dos professores hoje se manifesta pela democracia e contra o ódio.
Em Natal, os manifestantes enfatizaram a defesa da Petrobrás e da soberania nacional em ato pela democracia.
Em Brasília, manifestantes mostraram insatisfação com liderança de Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados.
Em Recife, cerca de 5 mil manifestantes se reuniram na Praça Derby. Moradores de prédios estenderam bandeiras nas janelas.
Em Salvador, a concentração começou por volta das 14 horas e reuniu mais de 20 mil manifestantes de organizações e movimentos sociais, entre eles CTB, CUT, UJS, Unegro, na Praça da Piedade. De lá, eles saíram em passeata via Forte de São Pedro. Cerca de 10 mil pessoas se mobilizaram nas cidades de Itabuna, Teixeira de Freitas, Eunápolis e Porto Seguro.
Em Belo Horizonte, a Praça Sete de Setembro reuniu estudantes secundaristas e universitários, professores, sem-terras, negros, mulheres, jovens. O perfil da manifestação de hoje (20.08) em Belo Horizonte foi mais heterogêneo que a registrada no domingo. Movimentos como CUT, MST, Levante Popular da Juventude se encontraram na cidade com uma pauta de defesa da democracia, contra o golpe e o ajuste fiscal. Segundo a PM, havia 6.000 manifestantes. Os organizadores calcularam 10 mil.
O estudante Francisco Faria, presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), disse que é importante ter consciência de que houve consideráveis na última década década foi de avanços e de implementação de vários direitos que precisam ser “defendidos e ampliados”.
A pauta da moradia também esteve presente na manifestação. A integrante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) Maura Rodrigues defende uma reforma urbana, pelo direito à cidade. “Não adianta garantir a casa se não tenho acesso a um SUS digno e funcional, a uma escola decente e a uma passagem de ônibus que não me impeça de me deslocar na cidade”, disse. Maura condena tentativas de impeachment da presidenta Dilma. “Nosso movimento é crítico ao governo, mas defende a democracia. Não queremos golpe”, reforça.
A subsecretária de Políticas de Igualdade Racial de Minas, Cleide Hilda, reforçou a ostensiva presença do movimento negro no que se refere à defesa de direitos. “Nos últimos 12 anos a população negra brasileira conquistou várias políticas públicas. Agora, temos de avançar no que se refere, por exemplo, ao enfrentamento do extermínio da juventude negra.”
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