O procurador Valtan Timbó, da PGR do Distrito Federal, atropelou tudo – inclusive o histórico de desídia e morosidade que motivou, contra ele, um processo disciplinar – para acusar o ex-presidente Lula de "tráfico de influência" por ele fazer – já como ex-presidente – viagens ao exterior estimulando negócios com o Brasil e com empresas brasileiras.
Pois não é que a chanceler alemã Angela Merkel está no Brasil fazendo o mesmo?
Matéria da Reuters, reproduzida aqui pelo R7, diz que a dama de ferro germânica "vai pressionar o Brasil nesta semana para garantir melhores condições de investimentos para empresas alemãs que colocaram 19 bilhões de euros na economia brasileira".
E olha que não falta empresa alemã encalacrada com a Justiça brasileira, a começar da Siemens, que até firmou um acordo de leniência para entregar os envolvidos em grossa propinagem. Todos de terceiro escalão, claro, jamais envolvendo os impolutos tucanos paulistas que os comandavam.
O Dr. Timbó, a esta altura, deveria estar juntando recortes de jornal para enviar a seus colegas do Ministério Público alemão, denunciando este absurdo que é uma governante alemã defender empresas alemãs, não é?
Aliás, a Odebrecht tem duas usinas de propileno na Alemanha, em Wesseling e Schkopau, quem sabe não rolou um superfaturamento por lá?
Mas o Dr. Timbó certamente acha que não tem nada de mais.
Não é o Lula, afinal, não é?
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