Há décadas cidade convive com interrupções de energia ante a ausência de subestação
Na ocasião, o plenário foi tomado por uma enxurrada de reclamações. Após quase um ano, a situação não é mais a mesma, pelo contrário, se agravou ainda mais ante a falta de uma subestação de energia na cidade. Hoje mesmo (27/03), a população enfrentou nova queda no abastecimento elétrico. Em abril de 2012, representantes da concessionária apontaram que as constantes interrupções deviam-se ao fato de que o cultivo de eucalipto, abundante na região de Itamarandiba, seria o responsável por causar avarias na rede de transmissão provocando os cortes no fornecimento. Mas, não assumiram que tais redes ainda seguem, por exemplo, sustentadas por estruturas de madeira. Logo após, a concessionária anunciou investimentos da ordem de 750 mil reais para corrigir o problema, mas a população saiu desconfiada e comportamento outro não poderia ser esperado.
Não fosse o bastante, atribuir a culpa à atividade econômica da cidade, a concessionária anunciou a implantação de uma subestação de energia na cidade com capacidade para atender a 50 mil habitantes. A notícia até que poderia ter sido motivo de comemoração, senão fosse a data prevista para sua implantação, qual seja, somente em 2016. É dizer, a população ainda teria que seguir privada e a suportar excessivos e diversos prejuízos por mais longos 4 anos de ineficiência na prestação de um serviço público essencial. Um absurdo difícil de ser compreendido!
Na época, de acordo com a Companhia Energética de Minas Gerais-CEMIG, o projeto já estaria aprovado, mas aguardava a realização de estudo de viabilidade técnica. O pronunciamento apenas fez acentuar o descontentamento da população, já que o tecnicismo de " viável ou não" soa descabido não só pela gravidade de décadas de convívio com o problema, mas também pela urgência e necessidade do serviço. Para o ex-deputado estadual Délio Malheiros (PV), a cidade vem enfrentanto o problema há mais de 20 anos. Irresignada, a população desde então vem manifestando repúdio, alguns principalmente nas redes sociais, outros em órgãos de proteção ao consumidor e no judiciário para reparação de danos sofridos.
Interrupções afetam a prestação de outros serviços essenciais.
Além da queima de aparelhos e do inevitável transtorno na rotina diária, o descaso no abastecimento elétrico da cidade tem prejudicado a prestação de serviços de saúde. Foi o que destacou, à época, o ex-prefeito do município Tom Costa, ao reclamar da perda de vacinas nos hospitais e postos de saúde da cidade.
Buscar enumerar a quantidade e proporção dos prejuízos que tem suportado o município é tarefa díficil. Há agências bancárias que usam mais o gerador do que a precária energia elétrica da rede. Estudantes já perderam as contas dos dias que foram prejudicados pela falta de energia nas escolas e alguns profissionais liberais lamentam os prejuízos na reparação de equipamentos, por exemplo.
Uma luz no fim do túnel!
A má qualidade no fornecimento elétrico na cidade motivou reunião, em Brasília, no último 19/03, do Deputado Federal Paulo Abi-Ackel com o Diretor da CEMIG, Paulo Lott. O diretor da concessionária adiantou que a Prefeitura Municipal já havia autorizado a realização de estudo no local.
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