domingo, 17 de março de 2013

Deputado Dinis Pinheiro lança candidatura a Governador, em Capelinha


Audiência Pública de Prestação de Contas vira palanque eleitoral

 Deputado Dinis Pinheiro e vice-governador Alberto Pinto Coelho
A Audiência Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, ocorrida em Capelinha no dia 11 de fevereiro, seria para Prestação de  Contas   da ALMG. Porém, seu Presidente, o deputado estadual Dinis Pinheiro foi lançado como candidato a Governador em 2013, pelos seus colegas que o acompanhavam Carlos Pimenta, do PDT, Gustavo Correa, do PSDB, e o deputado federal, Toninho Pinheiro, do PP, seu irmão.
E isso é o que tem sido visto em todas as Reuniões regionais da ALMG, como aconteceu no mesmo dia, em Teófilo Otoni. As Audiências Públicas têm virado momentos de palanque eleitoral.
                                                                                        
Para engrossar o coro, o ex-prefeito de Capelinha, Edmar Pimenta, do PMDB, fez loas e elogios ao deputado Dinis Pinheiro, apoiando sua candidatura.

O PSDB, partido do atual governador de Minas, vem vivendo lutas internas na corrida ao Palácio da Liberdade. O vice-governador Alberto Pinto Coelho anda costurando sua candidatura, apoiado pelas lideranças tradicionais tucanas. Dinis faz parte do grupo mais jovem que está insatisfeito pela condução política com mão de ferro pelo Secretário de Governo Danilo de Castro e Secretário de Ciência e Tecnologia, Nássio Rodrigues.

Três dores de cabeça para Aécio Neves
Com as definições atreladas ao arco de alianças que Aécio buscará construir para respaldar a sua candidatura presidencial, a situação não requer pressa na definição. “Não temos um nome natural em Minas”, afirma Marcus Pestana, lembrando que aqueles colocados dependerão fortemente do apoio e do aval de Anastasia e Aécio. “Nosso calendário tem duas referências: o ritmo do Aécio nacionalmente e o ritmo do governo de Minas”, afirma Pestana. “Temos de ter sabedoria para conciliar os calendários. Vamos ter de administrar o timing”, afirma. 

No momento, os três principais pré-candidatos da base do governo se movimentam com discrição. 


O primeiro deles, Dinis Pinheiro, inclusive, nega ser candidato. Mas a verdade é que seu nome hoje está posto. Corre por fora, porque, entre todos, é o que menos tem intimidade com a cúpula do PSDB e com Aécio. Entretanto, o seu perfil popular – foi nas duas últimas eleições o deputado estadual mais votado no estado – o torna o candidato mais apto a enfrentar no terreno petista uma candidatura como a de Pimentel. O mais vermelho dos tucanos, Dinis ganhou a simpatia de várias lideranças do PT na Assembleia, pela abertura que deu, como presidente, a temas caros aos petistas – pobreza e saúde. Se parece o mais capaz de causar dissensões no campo petista, Dinis é aquele que provavelmente mais gera preocupação no campo tucano, pois defecções que podem ocorrer com Pedro podem também com Paulo.

PRÓS E CONTRAS 
Outro forte nome, Marcus Pestana tem sido o porta-voz do PSDB, fazendo o debate público com a oposição. Além de bom analista e excelente polemista, Pestana tem a seu favor o trânsito com o tucanato nacional de alta plumagem. Sua maior vantagem é a ligação direta com Aécio, sendo, inclusive, considerado um quadro de sua confiança. Sua fragilidade é a penetração popular. Mas o deputado tucano sabe que, assim como Anastasia, o que conta, no momento eleitoral, é o carimbo de Aécio e a máquina do governo mineiro. 

Pelo cargo que ocupa, e pela posição privilegiada nas articulações futuras – afinal, poderá se tornar governador no ano que vem, caso Anastasia se desincompatibilize em abril do ano que vem para concorrer ao Senado Federal –, Alberto Pinto Coelho é o nome mais forte dos três. Mas o vice-governador não tem tanta penetração popular quanto Dinis nem a proximidade com Aécio que tem Pestana. 

O fato de Alberto ser do PP, contudo, poderá dar ao PSDB, na hipótese de sua indicação, uma boa moeda de troca para a negociação no plano nacional: se não a adesão da legenda à candidatura presidencial de Aécio, pelo menos a sua neutralidade, tirando tempo de televisão de Dilma Rousseff. Embora esteja à frente do cobiçado Ministério das Cidades com Aguinaldo Ribeiro, o PP em Minas é apoio ao PSDB de primeira hora e é comandado nacionalmente por antigo aliado e amigo de Aécio, o senador Francisco Dornelles (RJ). 

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