domingo, 17 de março de 2013

Candidatos ao governo de Minas em 2014 já estão em campanha


De um lado PT e PMDB, de outro PSDB e seus aliados em Minas. Partidos começam a pôr os nomes na mesa pela sucessão no estado, mas cenário nacional pode embolar as cartas

Palácio Tiradentes, sede do governo mineiro na Cidade Administrativa, terá novo ocupante já a partir de abril de 2014, quando o governador Anastasia deve se desincompatibilizar para se candidatar ao Senado  (Marcelo Castello/Esp. Em/D.A Press)
Palácio Tiradentes, sede do governo mineiro na Cidade Administrativa, terá novo ocupante já a partir de abril de 2014, quando o governador Anastasia deve se desincompatibilizar para se candidatar ao Senado


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           




 Menos de dois anos das eleições ao governo de Minas. Está aberta a temporada da construção de candidaturas. Partidos alinhavam possíveis nomes para serem convocados ao mesmo tempo em que os interessados começam a se posicionar. 

Se no campo dos aliados do governo de Minas a sucessão de Antonio Anastasia (PSDB) está vinculada à construção da candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, no PT e no PMDB, principais legendas opositoras, estão colocados os nomes de Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e do senador Clésio Andrade (PMDB). “Pimentel só não será se não quiser. Mas ele quer. Já me disse várias vezes. Vamos construir as condições para isso”, afirma o deputado federal Reginaldo Lopes, presidente do PT de Minas. 

O PSDB terá pela frente dois nomes fortes, que virão com máquinas azeitadas, fato inédito nos últimos 11 anos.

Se PT e PMDB, que no plano nacional repetirão a aliança pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, estarão juntos em Minas desde o primeiro turno, é cedo para dizer. Petistas e peemedebistas poderão, fiando-se no exemplo da campanha à Prefeitura de Belo Horizonte do ano passado – quando a polarização da disputa impediu um segundo turno –, optar por lançar chapas independentes. O que essa estratégia tem de perigosa é que os dois partidos de oposição também dividiriam o tempo de televisão para o enfrentamento de uma ampla coligação com potencial para abocanhar, sozinha, mais da metade da propaganda gratuita. 

Em Minas, PSDB, PP, PDT, PV, PR, PSD, PSB, PTB, PPS e legendas menores como o PSL, o PSC, o PSDC, o PTdoB estão na base do governo do estado e tendem a engrossar o leque de apoios ao candidato do Palácio Tiradentes, ainda que pelo menos o PSD sofra pressão nacional para apoiar a oposição, como ocorreu na sucessão de Marcio Lacerda (PSB) no ano passado. 

Já o PSB tenderá a dar sustentação ao candidato do Palácio Tiradentes e à candidatura de Aécio Neves, a menos que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também concorra ao Palácio do Planalto. Se Campos não disputar e apoiar a reeleição de Dilma Rousseff, a expectativa dos tucanos mineiros é de que Marcio Lacerda abra uma dissidência no plano nacional, puxando outros socialistas insatisfeitos.

LEQUE ABERTO Enquanto na disputa do governo de Minas a projeção de cenários para a oposição se afunila em torno de Pimentel e de Clésio Andrade, no campo da situação, a escolha do nome para concorrer ao Palácio Tiradentes converge, principalmente, para o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), o presidente estadual do PSDB, Marcus Pestana, e o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Dinis Pinheiro (PSDB). Ainda lembrados são os tucanos Danilo de Castro, secretário de Estado de Governo, e Nárcio Rodrigues, secretário de Estado de Ciência e Tecnologia. A opção Andréa Neves (PSDB), em Minas, estaria vinculada a um cenário cada vez menos provável: Aécio Neves não concorreria ao Planalto. 

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