domingo, 31 de março de 2013

Fazenda no Vale do Jequitinhonha serviu de esconderijo para a máfia italiana


Tommaso Buscheta usou propriedade em Minas Novas nos anos 1970 e 1980
Do R7 MG, com Record Minas | 30/03/2013 às 15h37
Local era usado para esconder documentos, armas e drogas, segundo historiadores






Uma fazenda em Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, pode ter servido como fortaleza 
do tráfico para a máfia italiana nos anos 1970 e 1980. Investigações apontam que Tommaso 
Buscheta, um dos criminosos mais temidos, preso em 1983 em Santa Catarina, usou a propriedade 
como bunker para desenvolver uma rota de comércio com a Bahia e São Paulo.

A fazenda Alagadiço, comprada nos anos 1970 por italianos, hoje abriga uma reserva de 
eucaliptons. 
Buschetta chegou a montar uma estrutura de cidade no terreno, para impedir que funcionários 
saíssem do local com informações.
Além de pista de pouso, a fazenda abrigava uma escola para 200 crianças, supermercado, 
igreja e até um hospital com centro cirúrgico e incubadora. Coincidentemente, pouco depois 
da prisão do mafioso, a unidade de saúde faliu.
Um ex-funcionário, que não quer se identificar, afirma que políticos brasileiros frequentavam 
o local.

— Eu tenho certeza que esse moço esteve lá sim. Tinha dois aviões de uma empresa de táxi 
aéreo romana, e uma movimentação grande de políticos, deputados federais, senadores.

O historiador Murilo Alvinho explica a opulência do local.

— A casa tinha dois objetivos. Precisava ter uma aparência de um vizinho rico, mas era uma 
enorme fortaleza, precisava abrigar todos os documentos e bens dessa máfia, como armas 
e drogas. Tem passagens secretas, quartos secretos, preparada para ser um bunker, uma 
fortaleza.

O gerente da propriedade, João dos Santos, confirma a presença do italiano.

— Para mim, todo mundo era inquilino. Mala eu via, mas não sabia o que tinha lá dentro. 
Às vezes vinham dois aviões, ou sozinho com a família dele.
Outro funcionário, que não quis ter o nome divulgado, afirma que maconha e cocaína 
eram transportados no meio de carregamentos de tomate para despistar a polícia.

Veja o vídeo, com reportagem completa da Rede Record, com duração de 7 minutos:

Um comentário:

BROKADURA50TAO disse...

Parabéns pelo seu ecelente trabalho...

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