Nova fronteira mineral no Vale já tem investimentos previstos de R$ 8,6 bilhões
Trabalhadores da região terão capacitação técnica para ser aproveitados? A nova fronteira mineral que se abre no Vale do Jequitinhonha e norte de Minas já levanta especulações sobre o desenvolvimento regional. Na Audiência Pública sobre Migração em Araçuaí, na semana passada, 30.05, o tema predominante foi o tipo de desenvolvimento que está sendo apoiado pelo Governo do Estado, quem irá se apropriar da riqueza regional e quem serão os trabalhadores a serem empregados nestes empreendimentos.Até o momento, nem as empresas nem o governo de Minas se preocupou na formação técnica de trabalhadores a serem ocupados nas empresas. Lideranças do Vale temem por invasão de técnicos e outros trabalhadores menos qualificados de outras regiões.
R$ 600 milhões da Vale
O projeto da Vele do Rio Doce, com investimento de R$ 560 milhões, deverá ser concluído em 2014. Irá gerar 50 empregos diretos e 450 empregos indiretos na fase de implantação e 250 empregos permanentes entre diretos e indiretos na fase de operação. Have
rá treinamento de mão de obra local, que terá prioridade no preenchimento das vagas. O novo empreendimento da Vale irá produzir e comercializar minério tipo fino comum, granulado e pellet feed.
Licença Ambiental
Em janeiro deste ano foi iniciado o processo de licenciamento ambiental, enquanto a pesquisa geológica adicional deverá ser iniciada em agosto de 2011. A partir de 2014, a capacidade inicial de produção deverá ser de 200 mil toneladas de minério tipo granulado, enquanto deverão ser produzidas 400 mil toneladas de minério fino comum, utilizando beneficiamento a seco. As pesquisas em andamento para levantamento das reservas apontam um potencial de produção da ordem de 600 mil toneladas de minério de ferro por ano.
O diretor da Vale, Marcelo Guimarães Fenelon, informou que o material será escoado por rodovia até o pátio de embarque da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela Vale, localizado no município de Porteirinha. De lá, seguirá por ferrovia até o Porto de Aratu, em Salvador (BA). “Este projeto é a porta de entrada para uma nova fronteira de mineração”, afirmou o executivo.
O escoamento da produção de minério de ferro via estrada de ferro é mais vantajosa para os municípios. As empresas querem o mineroduto, túnel até o mar.
Fronteira mineral
Uma nova era de desenvolvimento se delineia para a região Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, com a expectativa da chamada nova fronteira mineral com a viabilização da produção de minério de ferro de baixo teor.
A reserva estimada é de 20 bilhões de toneladas de minério abrangendo 20 municípios, entre eles, Salinas, Rio Pardo de Minas, Grão Mogol e Porteirinha. Para alavancar a exploração mineral nesta nova fronteira, o Governo de Minas vai apoiar projetos de infraestrutura e de planejamento logístico.
A Mineração Minas Bahia (MIBA) deve implantar, entre 2011 e 2014, unidade minerária - usina de concentração de minério de ferro e corredor logístico - nos municípios de Grão Mogol e Rio Pardo de Minas. O investimento previsto é de R$ 3,6 bilhões.
Também a Sul Americana Metais (SAM), do Grupo Votorantim, aplicará R$ 3,2 bilhões em extração e beneficiamento de minério em Grão Mogol, em parceria com a chinesa Honbridge Holdings Limited. O projeto, que engloba mineração, mineroduto e porto (Bahia), demandará capital e tecnologia de ponta para extrair o minério, de baixo teor, em torno de 20%.
Outro investimento previsto, no valor de R$ 250 milhões, é da Mineração Riacho dos Machados, para explorar ouro, no Vale do Jequitinhonha/Norte de Minas, com a geração de 400 postos de trabalho diretos e 800 indiretos.
Com informações de sites das empresas e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas
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