Prefeito de Botumirim rebate acusações de nepotismo e fraude em licitação
Na ocasião, nenhum representante da Administração Municipal foi encontrado para comentar o assunto, e, nesta segunda-feira (14.09), o prefeito da cidade Aroldo Souza Oliveira (PMDB) divulgou uma nota de esclarecimento, referente à investigação do MP.
Segundo o gestor do executivo, todos os processos licitatórios abertos, visando à contratação de funcionários, cumprem a rigor os preceitos legais, o que pode ser comprovado através de documentação que já se encontra em poder da justiça, segundo Aroldo.
Ele esclareceu ainda que legislação brasileira permite que qualquer pessoa, mesmo parente consanguíneo, participe de licitações, sem que se considere este um ato ilícito ou prática de nepotismo. “A Administração Municipal de Botumirim preza pela transparência dos seus atos e de forma alguma se opõem a qualquer ato investigatório do MP, mas se sente constrangida e gostaria de se desculpar com todos aqueles inocentes que indevidamente foram atingidos por esta investigação”, diz a nota.
Sobre a Operação Catagênese, deflagrada pelo Ministério Público para investigar suposta fraude na aquisição de combustível após apreensão de documentos, o prefeito informou que até o momento não foi encontrada nenhuma comprovação de prática ilícita por parte da Prefeitura Municipal de Botumirim, e que ainda não teve acesso aos autos do processo da operação “A Grande Família”.
Relembre o caso
A operação “A Grande Família”, realizada pelo MP, investiga casos de nepotismo cruzado e de fraude em licitação. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, a sede da Prefeitura foi um dos alvos. O prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 1,5 milhão.
Segundo o MP, a suspeita de nepotismo envolve a Prefeitura e membros da Câmara Municipal. A operação contou com o apoio da Polícia Civil e 19 policiais participaram do cumprimento dos mandados.
Operação Catagênese
Em março deste ano, o MP e a Secretaria de Fazenda realizaram a operação Catagênese, contra o desvio de verbas públicas em 19 Prefeituras de MG, e a de Botumirim era uma delas. O prejuízo foi estimado em R$ 20 milhões, e 67 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 25 cidades do estado.
Na época, o MP informou que a operação tinha o objetivo de apurar o desvio ligado à aquisição de combustíveis. A investigação começou a ser feita a partir da elevada desproporcionalidade entre as despesas anuais com combustíveis por parte das Prefeituras investigadas e o montante da arrecadação tributária anual.
Fonte: Inter TV Grande Minas / G1
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