quinta-feira, 2 de abril de 2015

Fotógrafo mineiro registra 2.500 aves no Norte do estado e Vale do Jequitinhonha

Manoel Freitas registra há cinco anos espécies no Parque Estadual Mata Seca, Parque Estadual Lagoa de Cajueiro, Parque Estadual Verde Grande, Reserva Biológica do Jaíba e Área de Proteção Ambiental Lajedão

Foto: Manoel FreitasFotógrafo mineiro registra 2.500 aves no Norte do estado e Vale do Jequitinhonha
aves da mata seca do Vale do Jequitinhonha
“A fotografia é um ato solitário. Você fica uma pessoa melhor”. É o que pensa o fotógrafo mineiro Manoel Freitas que, sozinho, caminhou durante cinco anos em matas no Norte do estado e no Vale do Jequitinhonha para registrar 2.500 aves na maior enciclopédia eletrônica do gênero do país, a wikiaves.

Desse conjunto fotografado por Freitas, 215 são espécies distintas. As imagens foram feitas, principalmente, no Parque Estadual Mata Seca, na cidade de Manga, mas há também registros no Parque Estadual Lagoa de Cajueiro, Parque Estadual Verde Grande, RESERVABiológica do Jaíba e Área de Proteção Ambiental Lajedão.

Segundo o fotógrafo, somente o Mata Seca tem cerca de 15.300 hectares, área que ele percorreu NUMA busca silenciosa por pássaros nunca registrados. “Para chegar a 100 espécies não foi tão difícil, mas a partir da centésima o desafio é muito grande. Tive que enfrentar matas ciliares, lagoas marginais e o desafio de fotografar perto de espelhos d’água que refletem”, conta.
  
Freitas explica que número de espécie é significativo, sobretudo se considerar que o Brasil é o terceiro país em biodiversidade da avifauna do planeta, mas o segundo em extinção de espécies.

O fotógrafo vai continuar o trabalho e a postagem das fotos na plataforma wiki. Inicialmente, ele podia inserir cinco imagens diárias no site, mas agora como colaborador sênior, o fotógrafo publica 10 fotos por dia. "O wikiaves é primordialmente um registro para preservação, pois ele nem se importa se a foto tem qualidade. Importante é saber a existência das espécies”, afirma Freitas.

“Não existe fotografia fácil e não tem fotografia que eu já fiz”, relata Freitas, que aprendeu a seguir silenciosamento cantos e rastros de aves dentro de matas fechadas em Minas.

Entre os registros, um em especial é destacado pelo fotógrafo. O beija-flor de gravata verde, capturado por Freitas a 1.570 metros de distância das lentes na Campina do Maracujá, depois de 10 horas de caminhada na floresta. 
Fonte: Estado de Minas

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