Minas 247 - Os auditores que fazem uma devassa na antiga gestão tucana em Minas Gerais estão descobrindo vários esqueletos.
Um deles foi divulgado pelo blog do jornalista Helcio Zolini, que é diretor da Rede Record, em Minas Gerais. Trata-se da compra de 3,5 mil tablets no apagar das luzes do governo do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que deveriam ter sido entregues a professores da UFMG, mas hoje mofam num depósito próximo à cidade adminstrativa.
Os equipamentos custaram R$ 2,3 milhões ao governo mineiro e foram comprados pela Fundação Renato Azeredo, que leva o nome do pai do ex-governador Eduardo Azeredo, réu no chamado mensalão tucano.
Leia, abaixo, a postagem de Zolini:
Governo tucano em MG comprou 3,5 mil tablets para escolas, mas não entregou. Aparelhos mofam há um ano em depósito particular
Um total de 3,5 mil tablets comprados pelo governo mineiro no apagar das luzes da gestão Antonio Anastasia (PSDB), que deveriam ter sido distribuídos a professores da rede de ensino superior, estão abandonados num galpão particular próximo à Cidade Administrativa, em Vespasiano.
As COMPRAS foram feitas há praticamente um ano, no dia 4 de abril (data da desincompatibilização de Anastasia e da entrada de seu sucessor Alberto Pinto Coelho), e custaram ao caixa do estado R$ 2,3 milhões. Só com aluguel do galpão, onde as 350 caixas contendo os tablets estão armazenadas, o governo estadual já gastou R$ 4.680,00.
Além do desleixo com o dinheiro do contribuinte e da falta de comprometimento com o ensino público, chama a atenção também o fato das compras terem sido feitas por intermédio da Fundação Renato Azeredo.
A instituição leva o nome do pai do ex-senador Eduardo Azeredo (PSDB) e foi fundada quando ele, Eduardo, era governador do Estado. Desde então, se transformou NUMA espécie de faz-tudo nos governo tucanos, contratando pessoal, recebendo recursos, realizando compras etc, o que chamou a atenção do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que abriu várias investigações, com suspeitas de superfaturamento e outras irregularidades.
Os aparelhos abandonados são da marca Samsung, modelo Galaxy 3 e deveriam ter sido entregues à Unimontes, Universidade Estado de Minas Gerais (UEMG), Hidroex e algumas fundações.
Oficialmente ninguém da gestão passada explicou o motivo para o abandono dos tablets, que já estão com suas garantias praticamente expiradas. Não foi explicado também a razão de eles estarem NUMAárea particular muito menos o motivo que levou a administração da época fazer a compra com a intermediação da Fundação Eduardo Azeredo.
O caso veio à tona durante a auditoria encomendada pelo atual governador, Fernando Pimentel (PT), destinada a verificar a real situação do Estado que recebeu das mãos de seus antecessores do PSDB, Aécio Neves e Anastasia, e de Alberto Pinto Coelho (PP).
A assessoria de Pimentel informou que os tablets serão distribuídos rapidamente para os professores da rede estadual de ensino.
Segundo o Blog apurou, este é apenas um dos vários esqueletos descobertos em decorrência do trabalho realizado pelos auditores. Os resultados serviram de base para o "Diagnóstico do Estado" que será apresentado ao público na próxima segunda-feira (06.04) pelo próprio governador.
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