domingo, 19 de abril de 2015

Serrano registra memória Catopê em livro



Catopês de Milho Verde-distrito do Serro - Ivo Silvério – Chefe do grupo-Foto Douglas Theodoro

O Serrano, Ivo Silvério da Rocha(67), está lançando o livro Memórias de um Catopê,Guarda de Congado de Nossa Senhora do Rosário. Tipo de dança do congado, anteriormente relacionada às festas religiosas que registram parte importante da cultura do Serro com legado na Festa do Rosário  e festividades populares.
Ivo é Mestre em referência aos cantos africanos, denominados vissungos,que os escravos entoavam nos garimpos entre os séculos XVII e XIX.
Hoje, na região do Alto Jequitinhonha, além dele, só mais uma pessoa conhece estes cânticos, o senhor Pedro, no Quartel do Indaiá/Diamantina. Integrante do grupo Catopê de Milho Verde há 50 anos, é Mestre desde 2001.
O livro é editado pela Sempre Viva Editorial. Será lançado no Espaço Rancho Fundo no distrito de Milho Verde/MG.
Contatos: Vitor Carvalho(38) 88113837
Ivo Rocha- (38)88116648
Matheus Medonça-  Professor DR. PUC Serro – (31)95333862
Breve Curriculum de Ivo Rocha:
Mestre dos Catopês Grupo da Guarda de Congado de Nossa Senhora do Rosário.
Trabalhou na cidade em companhia de asfalto e até em metalúrgica em São Bernardo do Campo – SP. “Mas a minha função mais foi no garimpo, na roça por vários e vários tempos de vida”, ele explica. “Escola eu frequentei pouco tempo...No mais, o melhor diploma era enxada, foice e machado”.
“Também nas décadas passadas, os velhos preservavam a cultura. Passavam uns para os outros. Assim logrei o conhecimento africano no dialeto desde idade de novo e ainda preservo até este momento”, diz o Mestre em referência aos cantos africanos, denominados vissungos, que os escravos entoavam nos garimpos entre os séculos XVII e XIX.
Hoje, na região do Alto Jequitinhonha, além dele, só mais uma pessoa conhece estes cânticos, o senhor Pedro, no Quartel do Indaiá/Diamantina. Integrante do grupo Catopê de Milho Verde há 50 anos, é Mestre desde 2001.
Preocupado com a preservação destas tradições, participou de momentos de repasse na escola local e nas comunidades vizinhas por meio do projeto “Os cantos sagrados de Milho Verde” e no Ponto de Cultura, pelo espaço das tradições locais.
Em 2008 recebeu o prêmio Nacional de Culturas Populares, como Mestre dos Catopê, promovido pelo Ministério da Cultura.



Foto: Maíra Buarque

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