Andressa Caroline Paranhos, de 18 anos, do Vale do Jequitonha, passou em seis vestibulares de escolas públicas e uma particular.
A estudante Andressa Caroline Paranhos, de 18 anos, de Capelinha, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas, foi aprovada em cinco vestibulares de medicina, sendo quatro em universidades públicas: Unifal (Universidade Federal de Alfenas), Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista/Bauru) e Unicamp (Universidade de Campinas), e uma particular: a Faminas (Faculdade de Minas Gerais), onde ela obteve bolsa de 100% pelo Prouni (Programa Universidade para Todos).
Em duas das instituições, Andressa obteve aprovação por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e em outras três por meio de vestibular próprio. Este foi o caso da Unicamp, que foi a escolhida pela capelinhense para cursar medicina, em que disputaram 204 candidatos por vaga. Andressa passou em décimo lugar.
“Foi uma surpresa muito grande. Quando eu estava fazendo a matrícula na Unifal, descobri que havia passado na Unicamp. No dia seguinte, saiu o resultado da aprovação em outra universidade, depois na outra e na outra...”, conta a jovem.
Andressa passou no vestibular pela primeira vez em 2013, quando foi aprovada na Universidade de Curitiba para engenharia civil. Mas como sempre sonhou em ser médica, decidiu fazer um ano de cursinho em Jundiaí (SP), onde mora atualmente com os seus pais, para fazer um novo vestibular.
A estratégia deu certo e, agora, ela espera ansiosa pelo início das aulas. Antes, no entanto, pretende vir a Capelinha comemorar com os avós, tios e amigos. “Ela sempre foi uma menina determinada, que superava os desafios, e muito humilde. E espero que ela nunca perca a sua essência, também no exercício da medicina, atuando junto daqueles que precisam”, declarou a tia Dorinha Paranhos.
Filha de Alexandro Vinícius Paranhos e Maria Aparecida Cordeiro Paranhos, Andressa morou uma época na zona rural e já teve de superar muitos desafios. A tia Dorinha conta que, muitas vezes, era sacrificante para a menina chegar à escola. “Quando chovia então, era preciso enfrentar a lama para não perder a aula, mas ela não desanimava”, conta Dorinha.
Andressa faz questão de agradecer e dizer o nome de cada uma escola que a ajudou na sua formação - todas instituições públicas estaduais: Coronel Coelho, Antônio Lago e Juscelino Barbosa, em Capelinha, além de Teodomiro Caldeira Leão, em Aricanduva,
Texto de Regiane Marques Sampaio, no Jornal Acontece, de Capelinha.
Muito estudiosa, disciplinada, apaixonada pela leitura, Andressa mostra os caminhos de sucesso com muita dedicação e concentração na sua meta de estudar Medicina.
Para alcançar seus sonhos, Andressa se sacrificou, abrindo mão de festas, passeios e outras atividades de lazer.
Ouça a entrevista:
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