segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Professores ficam entre a esperança e o descrédito

Sem chegar a acordo com o governo, categoria teme que reivindicações não sejam atendidas

Foto: divulgaçãoProfessores ficam entre a esperança e o descrédito
Grupo foi criado para discutir salários e carreira dos servidores
As reivindicações dos servidores da educação em Minas Gerais parecem não estar muito perto de ser atendidas.
 Na última reunião do grupo criado para discutir a remuneração e a reorganização do plano de carreira dos servidores, a categoria foi informada de que o governo está com dificuldades de solucionar os problemas do piso salarial, em função do limite legal imposto ao Estado.  
Diante disso, um misto de ansiedade, esperança e até descrença já toma conta de parte dos trabalhadores. 
Uma professora que pediu para não ser identificada disse estar preocupada. “Estamos cansados de ver os governos fazerem promessas. O que prevejo é que o atual governo irá parcelar em quatro anos o pagamento do piso. É muito fácil culpar a gestão anterior. Mas o que deve ser feito é olhar para o lado de cá com sensibilidade”. 
Já Agnaldo Francisco Pereira, professor de arte da rede estadual, se mostra esperançoso. “É lógico que com o governo Fernando Pimentel estamos acreditando mais. Alguma coisa deve acontecer de bom e poderia ser agora”, disse. 
Na mesma linha, a professora de inglês Jussara Mendes afirmou que os professores começaram 2015 mais confiantes. No entanto, ela questionou as ações do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), que, a seu ver, são “movidas por paixões”. “Temos um certo respaldo, mas isso não significa muito. Quem senta à mesa de negociação deve olhar para a classe como um todo”, afirmou a professora. 
Questionado, o diretor do Sind-UTE Adriano José de Paula disse que em breve haverá uma resposta mais certeira para os professores. “Essa ansiedade é justificada. Mas estamos nos movimentando e implementando uma luta efetiva”, ressaltou o sindicalista. 
Procurada, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão não se pronunciou sobre as negociações, até o fechamento desta edição.
Fonte: OTEMPO

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