Sob o comando de Michel Temer, a taxa de desemprego no Brasil terminou o quatro trimestre com 12% de desocupação.
Gráfico divulgado pelo IBGE nesta terça-feira, 31, retrata a explosão do desemprego no País entre o começo de 2015 e o final de 2016, exatamente no período em que o golpe parlamentar que retirou a presidente Dilma Rousseff foi arquitetado e executado.
A população desocupada no Brasil (12,3 milhões de pessoas) apresentou crescimento de 2,7% frente ao trimestre de julho a setembro de 2016 (12,0 milhões) e aumentou 36,0% (ou mais 3,3 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2015.
Número de empregados com carteira assinada no setor privado recuou (-3,9%), passando de 35,7 milhões, em 2015, para 34,3 milhões em 2016.
Todos os indicadores mostram que o golpe de 2016 arruinou o país.
Reuters - A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,0 por cento nos três meses até dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 31.
A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 11,9 por cento por cento no período.
Leia reportagem do IBGE sobre o assunto:
PNAD Contínua: taxa de desocupação foi de 12,0% no quarto trimestre de 2016 e média do ano fecha em 11,5%
No 4º trimestre móvel de 2016, a taxa de desocupação para o Brasil (12,0%) mostrou estabilidade em relação ao 3º tri móvel de 2015 (11,8%) e cresceu 3,1 pontos percentuais (p.p.) frente ao 4º trimestre móvel de 2014 (9,0%). Foi a maior taxa da série, iniciada em 2012.
A população desocupada no Brasil (12,3 milhões de pessoas) apresentou crescimento de 2,7% frente ao trimestre de julho a setembro de 2016 (12,0 milhões) e aumentou 36,0% (ou mais 3,3 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2015.
A população ocupada (90,3 milhões) cresceu 0,5% em relação ao trimestre anterior e recuou (-2,1%, ou menos 2,0 milhões de pessoas) em relação ao quarto trimestre de 2015. Cerca de 34,0 milhões de pessoas ocupadas no setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Esse contingente ficou estável no trimestre e recuou no ano (-3,9% ou menos 1,4 milhão de pessoas).
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 2.043) registrou estabilidade em relação ao trimestre anterior (R$ 2.026) e, também, em relação ao mesmo trimestre de 2015 (R$ 2.033).
A massa de rendimento real habitual (R$ 180,0 bilhões) aumentou (1,2%) frente ao trimestre anterior (R$ 177,8 bilhões) e ficou estável em relação ao mesmo trimestre de 2015 (R$ 182,2 bilhões).
Quanto às médias anuais, a taxa de desocupação média para 2016 foi de 11,5%, acima dos 8,5% de 2015. A população desocupada passou de 8,6 milhões, na média de 2015, para 11,8 milhões, em 2016 (alta de 37%). Já a população ocupada caiu de 92,1 milhões de pessoas para 90,4 milhões. O número de empregados com carteira assinada no setor privado recuou (-3,9%), passando de 35,7 milhões, em 2015, para 34,3 milhões em 2016. O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos se contraiu em 2,3% entre 2015 e 2016 (caindo de R$ 2.076 para R$ 2.029). A massa de rendimento real habitual também registrou queda de 3,5% (de R$ 185.354 milhões para R$ 178.865 milhões).
A publicação completa da PNAD Contínua pode ser acessada aqui.
Gráfico 1 - Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, na semana de referência - Brasil - 2012/2016 (em %)
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Pessoas ocupadas
O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em aproximadamente 90,3 milhões no trimestre de outubro a dezembro de 2016. O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, estimado em 34,0 milhões de pessoas, apresentou estabilidade em comparação com o trimestre de julho a setembro de 2016. O confronto com o trimestre de outubro a dezembro de 2015 mostrou queda de 3,9%, o que representou diminuição de cerca de 1,4 milhão de pessoas com carteira de trabalho assinada.
No período de outubro a dezembro de 2016, a categorias dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,5 milhões de pessoas) apresentou elevação (2,4%) em relação ao trimestre de julho a setembro de 2016 (mais 248 mil pessoas). Comportamento similar foi observado em relação ao mesmo período do ano anterior, registrando aumento de 4,8%, ou seja, aumento de 481 mil pessoas.
A categoria dos conta própria (22,1 milhões de pessoas) registrou expansão (1,3%) frente ao trimestre de julho a setembro de 2016 (mais 274 mil pessoas). Em relação ao mesmo período do ano anterior o movimento foi de queda (3,4%, ou seja, - 784 mil pessoas).
O contingente de empregadores, estimado em 4,1 milhões de pessoas, apresentou estabilidade frente ao trimestre imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, esse contingente registrou elevação de 4,8% (mais 190 mil pessoas).
A categoria dos trabalhadores domésticos, estimada em 6,1 milhões de pessoas, se manteve estável tanto em relação ao trimestre de julho a setembro de 2016 quanto frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015.
Grupamentos de atividade
A análise do contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade, do trimestre móvel de outubro a dezembro de 2016, em relação ao trimestre de julho a setembro de 2016, mostrou retração na Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,3%, ou seja - 199 mil pessoas) e expansão nos grupamento de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,3%, ou seja, 559 mil pessoas), Transporte, armazenamento e correio (2,5%, ou seja, 110 mil pessoas) e Alojamento e alimentação (3,1%, ou seja, 145 mil pessoas). Os demais grupamentos se mantiveram estáveis.
Na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2015, foi observada redução nos seguintes grupamentos: Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Agricultura, -4,5% (-417 mil pessoas), Indústria Geral, -7,7% (-955 mil pessoas), Construção, -10,8% (-857 mil pessoas), e Serviços domésticos, -3,7% (-238 mil pessoas). E verificou-se aumento no grupamento de Alojamento e Alimentação, 5,4% (247 mil pessoas). Os demais grupamentos não sofreram alteração.
Rendimento
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.043 no trimestre de outubro a dezembro de 2016, registrando estabilidade frente ao trimestre de julho a setembro de 2016 (R$ 2.026). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.033) o quadro também foi de estabilidade.
A única posição na ocupação que registrou queda do rendimento médio real habitual em relação ao trimestre de julho a setembro de 2016 foi a dos Empregados no setor privado sem carteira, que apresentou queda de 3,7%. A posição na ocupação que apresentou elevação do rendimento médio real foi a dos Empregados no setor público (2,2%). As demais categorias não apresentaram variação. Na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2015, os ocupados como Conta própria tiveram queda no rendimento nesta estimativa (-3,5%), para as demais categorias a variação observada não foi significativa.
Tanto na comparação com o trimestre de julho a setembro de 2016 como na comparação frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, o único grupamento de atividade que apresentou variação no rendimento médio real habitual foi o da Indústria em geral, registrando uma queda do rendimento de3,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 4,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Esta estimativa permaneceu estável em todos os demais grupamentos de atividade.
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