terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Vale do Jequitinhonha: Chacina de Caraí tem investigação especial de policiais de Belo Horizonte.

Assassinato de 5 pessoas da mesma família , no dia 11 de janeiro, na zona rual de Caraí.

As pessoas, da mesma família, estavam desaparecidas desde 11 de janeiro. As vítimas foram identificadas como Lecino Alves da Sival, de 28 anos, Dilvan Silva Alves, de 31, Jorgimar Teles da Cruz, de 17, Elizabete Alves da Silva, de 50, e Analícia Teles da Cruz Alves, de 27.

De acordo com a Polícia Militar (PM), os corpos estavam ao lado do veículo VW/Gol, placa GOR-2389. As vítimas estavam desaparecidas desde a noite de quarta-feira (11) quando foram retiradas de casa, no Córrego Tibuna, zona rural de Novo Cruzeiro, por cinco homens fortemente armados e uniformizados como policiais.
Segundo a polícia, a família estava em uma fazenda na zona rural de Novo Cruzeiro. Na noite de quarta-feira, cinco homens fortemente armados – usando toucas e alguns com os rostos cobertos -, entraram no local, se identificaram como policiais e retiraram cinco pessoas do imóvel, dizendo que elas seriam ouvidas por um delegado em Teófilo Otoni. As vítimas foram algemadas com os braços para trás e levadas em dois carros, um deles da família.
No dia seguinte, um dos familiares das vítimas procurou a delegacia de Novo Cruzeiro para perguntar onde eles estavam e acabou descobrindo que não houve prisão. Os policiais registraram uma ocorrência dos desaparecimentos e furto do veículo.
De acordo com a polícia, os corpos foram encontrados no sábado na comunidade de Córrego dos Dourados, no município de Caraí, ao lado do carro da família. Já em estado de decomposição, eles apresentavam marcas de tiros na cabeça. Após a perícia, os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) e liberados para o sepultamento. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.


Vítimas foram sequestradas quarta passada (Foto: Cedida por Cristina Moutinho).

Entenda o caso
Uma testemunha relatou à PM, que os suspeitos estavam com um papel com os nomes anotados, chamaram as vítimas e alegaram que elas seriam levadas para prestarem depoimento na Delegacia de Teófilo Otoni. Lecino, Dilvan, Jorgimar, Elizabete e Analícia foram algemados com as mãos para trás e em seguida colocados em dois veículos.
Uma mensagem divulgada por policiais no WhatsApp diz que populares, que não quiseram se identificar, afirmaram que esta família chacinada estaria envolvida na morte de um filho de fazendeiro em Novo Cruzeiro. O crime bárbaro será investigado pela Polícia Civil.

Enterro da família
Os cinco corpos foram enterrados neste domingo (15.01), em um cemitério próximo ao distrito do Lufa, na zona rural de Novo Cruzeiro. O clima foi de muita tristeza e consternação de parentes e amigos das vítimas.


Corpos foram enterrados no domingo (Foto: Reprodução/WhatsApp).
Fonte: Estado de Minas

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