terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Diamantina quer mudar Carnaval: mais samba e marchinhas, menos funk.

Ideia é retomar perfil mais familiar da festa, com menor dano ao patrimônio. Palcos darão espaço a coretos com samba e marchinhas.

Foto: arquivo Prefeitura de Diamantina quer trocar o funk por folia tradicional
Carnaval de Diamantina está entre os melhores do interior de Minas
A Prefeitura de Diamantina, no Alto Jequitinhonha, está planejando ações para mudar radicalmente o perfil do Carnaval na cidade.

Com o objetivo de dar uma aparência mais tranquila à folia no município, a administração aposta no resgate das tradições culturais.

A maior novidade para 2014 será a substituição dos palcos da rua da Quitanda e do largo da Catedral por coretos. Nesses novos espaços, o axé e o funk darão lugar a grupos de samba de raiz, charangas e marchinhas de Carnaval.


“Queremos ‘abrir a cabeça’ do nosso público. Vamos incentivar a moçada de hoje a valorizar essa cultura. Afinal, essa é a cara de Diamantina”, justifica Ricardo Santos, coordenador de Ação Cultural da Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio de Diamantina.
A cidade, que já registrou mais de 70 mil foliões em outros Carnavais, receberá 40 mil neste ano, segundo a expectativa da prefeitura.
Nos anos seguintes, a expectativa é que o público seja ainda menor, já que outras mudanças graduais estão previstas para as próximas três edições do evento.
“Sonhamos com um Carnaval mais intimista e mais tranquilo para todos. Percebemos que a proposta do evento está se perdendo, por isso precisamos mudar agora”, avalia o coordenador.
A tendência é que, com a reestruturação, o perfil do público também mude. “Queremos foliões que curtam o Carnaval, mas que também valorizem a cultura e a história da região, que é muito rica. Micaretas existem o ano inteiro. Carnaval é só um por ano”, diz Santos.
Ritmo
. Estão mantidos os tradicionais tambores da Bartucada e da Batcaverna, que rufam todos os dias entre o pôr e o nascer do sol, e as 24 horas diárias de folia.
Também continuam na programação os blocos caricatos, com destaque para o “Sapo Seco”, fundado no início do século passado, o “Xica da Silva” e o “Me Ampara Senão Eu Caio”.

Fonte: O TEMPO

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