domingo, 2 de fevereiro de 2014

Desapropriações no Parque Estadual da Serra Negra são debatidas em Itamarandiba

A região da Serra Negra possui importância vital para as regiões do Alto e Médio Jequitinhonha, pois inclui inúmeras nascentes de cursos d'água, vertentes para a bacia do rio Araçuaí

Foto: arquivoDesapropriações no Parque Estadual da Serra Negra são  debatidas em Itamarandiba
Rio Araçuai, afluente do rio Jequitinhonha
A atual situação das famílias que vivem na área do Parque Estadual da Serra Negra, foi alvo de um amplo debate na Câmara Municipal de Itamarandiba, no Alto Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais, na tarde de quinta-feira (30.01).

 O evento contou com a participação da Associação dos Defensores e Amigos da Serra Negra , do diretor-Geral do IEF, . Bertholdino Teixeira, do Advogado-Geral Adjunto do Estado,  Roney Torres, e o representante da FETAEMG, . Eduardo Nascimento, além das autoridades locais.

  A reunião foi presidida pela Associação dos Defensores e Amigos da Serra Negra  que aponta a demora na implementação da unidade de conservação,  criada em 1998.

 De acordo com a associação, já são 15 anos da data de criação do Parque   e até hoje não surgiram ações efetivas e significativas para a sua  implementação .

A Associação ressalta  que já foram aviadas duas ações civis públicas   pleiteando a implementação da Unidade.

Os moradores da região, cerca de 150 famílias atingidas,  reivindicam o reassentamento de terras e um valor justo nas indenizações, além de condições dignas de trabalho.

O tema já foi objeto de várias Audiências Públicas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, porém, sem resultados práticos.

Os representantes da Associação acreditam no início de uma nova fase de negociações e de ações práticas, justas e que contemplem o meio sócio-econômico das famílias atingidas, bem como a preservação ambiental do lugar.

Onde fica o parque

O Parque Estadual da Serra Negra , localizado no município de Itamarandiba, faz parte da bacia do rio Jequitinhonha.

Está inserido na Cadeia do Espinhaço, dominando a paisagem local com seu relevo montanhoso e aparência escura, quando vista contra o sol. Deve-se a este fator o nome da Serra e do próprio Parque.

A unidade de conservação está incluída nos domínios da Mata Atlântica. Em locais de difícil acesso e em algumas baixadas podem ser observados grandes fragmentos da imponente vegetação que, originalmente, dominava a região.

Podem ser observadas espécies como cedro, braúna, ipês, perobas, jacarandás, vinhático, dentre outras típicas de ambiente.

Nas montanhas e em locais de solo arenoso formam-se grandes concentrações de canela-de-ema que, na região, podem ultrapassar os três metros de altura.

Texto de Luiz Fernando Alves

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