Comunidades do Vale vivem quase sem água
O córrego que dá nome ao local está seco. As 52 famílias bebem da água da chuva, armazenada nas chamadas cisternas de placas. Mas quando ela acaba, a alternativa, quando há, são açudes com água cheia de lama, que não decanta nem com muita espera. A presidente da Associação de Moradores, Catilene Rodrigues, confirma que são comuns, no período da seca, os casos de vômitos, diarréias e verminose.
Mas as dificuldades vividas pelos moradores não impediram que eles recebessem com música os deputados André Quintão (PT), presidente da comissão, e Luiz Henrique (PSDB).Coube às mulheres e às crianças a recepção na escola do povoado, já que os homens adultos da comunidade, como acontece em toda a região, estão trabalhando no corte da cana em São Paulo e em outros estados. A menos de um quilômetro de Córrego do Narciso, está a barragem conhecida como Calhauzinho.
Os moradores argumentam que existe até um sistema de canos e bomba montado para levar água até a comunidade, mas a tubulação de uma polegada é insuficiente. A bomba a óleo diesel também ficou parada.Há alguns anos, a comunidade também conseguiu aprovar um projeto para levar a água encanada, da barragem até as residências. A contrapartida, porém, era a construção, pelos moradores, da valas para os canos, o que foi inviabilizado pela migração dos homens para o corte da cana.
Na reunião com os deputados, a comunidade reivindicou também atendimento à saúde, como transporte dos doentes, saneamento básico e melhoras nos cerca de 25 quilômetros de estrada de terra que levam à Araçuaí.Deputados anunciam esforço conjunto para sanar o problema
O deputado André Quintão, em reunião com a comunidade, voltou a lamentar o critério adotado pela Copanor, subsidiária da Copasa, de atender apenas comunidades com mais de 200 habitantes.
O deputado André Quintão, em reunião com a comunidade, voltou a lamentar o critério adotado pela Copanor, subsidiária da Copasa, de atender apenas comunidades com mais de 200 habitantes.
"O nosso compromisso é de fazer um esforço para buscar, no menor prazo possível, água de beber para as comunidades do Jequitinhonha", afirmou. Ao ser confrontado com a situação em que vivem as famílias, Quintão se disse "envergonhado". "São seres humanos, mineiros, brasileiros, que, quando têm água, é de péssima qualidade", lamentou.
O deputado Luiz Henrique também prometeu empenho para solucionar o problema. Ele enfatizou que essa será uma luta suprapartidária na Assembleia e reconheceu que o atendimento pela Copanor, que ele considera bom, precisa melhorar. "Precisamos de mais recursos", citou, adiantando que o governo pretende contrair uma empréstimo junto ao BNDES para tratar dessa questão. O deputado também enfatizou a preocupação do Estado com a região.
Copanor - O engenheiro de obras da Copanor, José Mário de Castro, participou da visita e adiantou que a concessionária estaria aproveitando para fazer uma avaliação da situação.
Copanor - O engenheiro de obras da Copanor, José Mário de Castro, participou da visita e adiantou que a concessionária estaria aproveitando para fazer uma avaliação da situação.
Segundo ele, o trabalho inicial da companhia, de levar água a locais com população de 200 a 5 mil pessoas, deverá durar mais um ano, em função de dificuldades na implantação dos projetos. Depois dessa fase, seria possível, então, estender o atendimento aos locais com menos habitantes. Os deputados, contudo, garantiram que vão buscar uma solução mais rápida.
FONTE: Assessoria de Imprensa da Assembléia Legislativa
FONTE: Assessoria de Imprensa da Assembléia Legislativa
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