domingo, 26 de agosto de 2012

Trecho ferroviário em Diamantina está fora de pacote do governo


EPL- Empresa de Planejamento e Logística justificou não incluir trecho de Diamantina por haver terrenos das  ferrovias ocupados ilegalmente  

imageO investimento de R$ 91 bilhões 
destinado à construção e recuperação 
de ferrovias, anunciado na semana 
passada pelo governo federal, deixa de
lado, literalmente, 1.803 quilômetros de 
trilhos instalados em Minas e que estão 
abandonados pelo governo ou pelas 
concessionárias que administram os 
trechos. 

O que chama a atenção é que alguns 
desses trechos passam bem próximo 
aos traçados previstos pelo plano, mas 
as estruturas já implantadas não estão 
incluídas no projeto e continuarão se 
deteriorando cada vez mais. 

Fora do programa recém-anunciado, 
algumas das linhas esquecidas esperam 
há duas décadas por uma definição 
entre as empresas e o Ministério dos 
Transportes para que novos projetos de readequação entrem no planejamento.


Para Minas, estão programadas duas novas ferrovias, entre elas a linha que terá cerca de 1,1 mil 
quilômetros de extensão e ligará o município de Campos, no litoral fluminense, a Uruaçu, em Goiás, 
passando por Corinto, na Região Central de Minas. A entrega da nova linha, no entanto, poderia 
custar menos para o orçamento federal caso alguns trechos que passam bem próximo ao 
novo traçado fossem aproveitados, como os 334 quilômetros que ligam Conselheiro Lafaiete, no 
Centro do estado, a Cataguases, próximo à divisa com o Rio de Janeiro. 

Outras grandes linhas que estão desativas, como Corinto–Diamantina, de 147 
quilômetros, e Ponte Nova–Caratinga, de 145 quilômetros, também serão cortadas
pela nova ferrovia, mas não deverão receber investimentos para voltar à ativa.
(…)
A justificativa para a não utilização de linhas que já estão prontas, mas não recebem trens há vários 
anos, foi apresentada na semana passada pelo presidente da Empresa de Planejamento e Logística
EPL) – estatal criada para coordenar os novos investimentos –, Bernardo Figueiredo, que apontou 
como obstáculos problemas com ocupações irregulares próximas a centros urbanos e a 
dificuldade com a topografia de alguns trechos, como o que vai de Cataguases a Conselheiro Lafaiete. 
“A possibilidade chegou a ser avaliada, já que o trecho está sendo devolvido ao governo federal e 
poderia ligar Ouro Preto até Campos. Mas os problemas com ocupações são um entrave, além de a 
topografia nos impedir de construir esse modelo de ferrovia que está sendo projetado”, explica.

Publicado pelo Passadiço Virtual

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