O escritor Eldvin
Mendes, natural de Rubim, no Baixo Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais, a 54 km de Almenara, é um dos integrantes da “Antologia Poética do Vale
do Jequitinhonha", lançada em 2011, pelo Instituto Vale Mais.
Eldvin é autor do Livro “Expressões
Líricas” publicado pela Graphis Editora ,Vitória- E.S., em 1998, e tem em seu currículo a participação em antologias e
festivais literários de várias
localidades do Brasil, com algumas premiações. Entre essas o 1º lugar
no 1º FESPROPAZ(Festival de Prosa e Poesia de Pedra Azul M.G, em 1994);
1º lugar no Festival Literário da
Universidade de Ituana M.G (Campus
–Almenara M.G em 2002).
É integrante
através de concurso das antologias :”Novos poetas” publicada pelas
editoras Oof-Set São Paulo e Agenda Editora(concurso Wellington Brandão de poesia
–Passos M.G em 1996) ; Antologia “Valores literários do Brasil”publicada pela
editora Brasília(concurso nacional de Brasília –D.F em 1998) ;Antologia “Os
mais belos poemas de Amor”publicada pela editora Shan (Concurso de mesmo nome da antologia –Porto Alegre –R.S
em 2001).
Acompanhe aqui a
poesia “Cacundas de Labores” de autoria de Eldvin Mendes, que
faz parte da Antologia Poética do Vale do Jequitinhonha (Instituto Vale Mais,
2011:Belo Horizonte- M.G)
Cacundas de Labores
Num Olhar turvo e indignado,
eu vejo impregnado nas cacundas os
labores,
de um povo já cansado
De oligárquicas diretrizes de
desumanos mentores.
Eu vejo um povo velado por um tirano
véu
tecidos pelas mãos da hipocrisia,
que embrulham os sonhos desse povo
fiel,
presenteando-lhe com uma ludibriante fantasia.
A labuta é a rotina dessa esfolada
legião,
Que habita os quatro pontos cardeais,
Submetidos aos semelhantes de melhor
padrão,
Possessos de poder e egoístas ideais.
Eu vejo um povo cansado e insatisfeito
Com a tortura de árduas situações,
brotando em si sufocantes rosas no
jardim do peito,
prestes a aflorar um ramalhete de
revoluções.
Eu vejo a caminhada de tanta Maria e
tanto João,
que nessa imensa geografia,morde o laço do cabresto
buscando para si e para os seus, uma
justa colocação
de uma vida digna a qualquer preço.
A fração do bolo, ainda não se divide
em justas fatias,
mas eu vejo o povo descobrindo a matemática da
verdade,
desembarcando das cacundas tantos
lamentos e agonias,
e
efetuando na cartilha da igualdade.
E agora eu já não vejo, eu sou também
figura,
na procissão do novo tempo,
empunhando uma bandeira avessa a
tanta amargura,
Marchando e clamando o fim de tanto
sofrimento.
Autor: Eldvin Mendes eldvinmendes@bol.com.br
Escritor – Rubim - M.G.
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