Juíza cassa direitos políticos do deputado e Secretário estadual Gil Pereira
Em 2004, o deputado Gil Pereira (PP) era candidato a prefeito em Montes Claros e aliado político do então prefeito de Juramento, Jânio Lima Borges. Ao participar da distribuição de 230 lotes para pessoas carentes na cidade, os dois teriam feito discursos veementes citando apoio ao deputado para prefeito.
O Ministério Público entendeu que, embora Jânio Lima Borges não fosse candidato à reeleição, mas segundo ele mesmo disse à época, caso Gil fosse eleito para prefeito de Montes Claros, ele seria o eventual Secretário da Saúde e, durante o discurso, teria pedido que os moradores da cidade que tivessem amigos em Montes Claros pedissem para eles votarem em Gil.
O fato aconteceu em comício em praça pública, em frente à prefeitura de Juramento, em março de 2004, e foi todo filmado por uma produtora contratada pela própria prefeitura.
No entendimento do Ministério Público, houve uma afronta ao disposto na lei 9504/97, além de inúmeros princípios constitucionais, submetendo-se as condutas dos réus ao previsto na lei de improbidade administrativa.
E o judiciário recebeu e acatou a denúncia contra os acusados, tendo a juíza Rosana Silqueira Paixão entendido que Gil e Jânio tinham culpa e foram condenados a pagar uma multa dez vezes maior do que receberam naquele ano, perda dos direitos políticos por três anos, além da proibição de contratarem com o poder público ou receberem benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual sejam sócios majoritários, pelo prazo de três anos.
Essa condenação vem no momento em que se discute quem será o candidato do governador Antonio Anastasia a prefeito de Montes Claros, nas próximas eleições.
Gil Pereira, que atualmente é Secretário para os Vales Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, é um dos citados. A reportagem tentou falar com o ex-prefeito de Juramento e o deputado Gil Pereira, sem contudo obter êxito.
Comentário do Blog:
Este tipo de conduta do deputado estadual e atual Secretário do Governo de Minas, Gil Pereira, não é novidade. Ele sempre utiliza de programas governamentais para se auto-promover. Em pleno ano eleitoral de 2010, a CEMIG resolveu lançar o seu projeto de distribuição de lâmpadas, chuveiro e geladeiras para famílias pobres economizarem energia.
Quem coordenou o projeto em Montes Claros foi a sua esposa, atual vice-prefeita de Montes Claros, Cristina Pereira.
Ao fazer o cadastro das famílias a serem beneficiadas, funcionários contratados pela empresa terceirizada para realizar o projeto, escolhidos a dedo entres cabos eleitorais do Gil Pereira, faziam a ficha e divulgavam o beneficio sendo de autoria do deputado.
Aconteceu a mesma coisa, no município de Berilo, no Médio Jequitinhonha, nordeste de Minas, onde o deputado é majoritário. Seus cabos eleitorais saíam divulgando o benefício do deputado, como se não fosse direito das famílias.
Sem pisar na cidade naquele ano Gil Pereira obteve 1.599 votos para sua reeleição a deputado estadual.
Somente agora, após 6 anos, apareceu, pelo período de 2 horas, nesta sexta-feira, 03.02, em Berilo. Também para fazer propaganda do projeto Universitário Cidadão, em parceria com a UFVJM.
Ele deveria prestar contas deste projeto de R$ 2,5 milhões que foram gastos em Grão Mogol e Berilo - bases eleitorais do Secretário-, durante 15 dias.
Onde foi gasto tanto dinheiro?
Ele deve
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