sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Cooperativa impulsiona o extrativismo sustentável em Januária, no norte de Minas

O trabalho desenvolvido por uma cooperativa busca fortalecer o extrativismo sustentável no Norte de Minas. Fundada em 2013, a Cooperativa dos Agricultores Familiares e Agroextrativistas do Vale do Peruaçu (Cooperuaçu) comercializa produtos derivados de frutos do cerrado, no município de Januária.

Beneficiamento do pequi (Foto: Cooperuaçu/Divulgação)
Um dos principais objetivos da cooperativa é incentivar a produção de frutos do cerrado. Neste caso, o pequi ganha destaque. A cooperativa aproveita todas as formas de comercializar o fruto, que é nativo da região. Dele são extraídos o óleo, a polpa em conserva, creme e farofa da castanha.
Mas, outros frutos também são cultivados e comercializados pelos 60 produtores da cooperativa. Um destes integrantes é o produtor Jorge Martins Correia, de 55 anos, que se filiou à cooperativa desde a fundação. Ele conta que em sua propriedade, com cerca de 12 hectares, são produzidos pequi, coquinho, cagaita, jatobá e cabeça de nego.
“Hoje o lucro que tenho é bastante gratificante; garanto uma renda boa. Prefiro comercializar os frutos, a criar gado aqui. O lucro que obtemos com a criação de gado não se iguala ao lucro com a produção de coquinho, e ainda tem os outros frutos”, afirma o produtor.
Os frutos levados à cooperativa são processados para melhor comercializa-los. “Lá são encontradas as melhores formas para comercializar os frutos. De alguns são feitos doces, outros são tiradas as polpas ou sucos”, explica o produtor.
A exploração de outros mercados, inclusive internacionais, são almejados com parcerias de outras cooperativas. “Nós temos boa relação com a Central do Cerrado, que é a Central de Cooperativas do Cerrado que fica em Brasília (DF). Tem boa relação com Copae, com a Grande Sertão Veredas da Chapada Gaúcha, e com a Grande Sertão de Montes Claros, que é grande parceira comercial. Produzimos o creme de pequi, e, com a ajuda da Central do Cerrado, enviamos algumas receitas para o Japão. Eles aprovaram, e recentemente nos pediram uma carga bem maior”, explica o coordenador da Cooperuaçu, Joel Sirqueira.
Fonte: G1 Grande Minas

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