quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

5 motivos para o Cruzeiro ser ameaçado de queda

5 motivos para o Cruzeiro ser ameaçado de queda
Campeão na primeira edição do Brasileiro de pontos corridos, em 2003, o Cruzeiro chega na última rodada da competição, em 2011, lutando contra o rebaixamento, que se acontecer será inédito em sua história de quase 90 anos, que será comemorado em 2 de janeiro de 2012.

Para se salvar, sem depender de resultados de Ceará e Atlético-PR, seus concorrentes direitos, o time celeste precisa vencer o Atlético-MG, seu maior rival.

A equipe celeste fez na atual edição do torneio a sua pior participação desde que o novo sistema foi implementado e tenta repetir o que aconteceu em 1994 e 97, ainda na época de mata-mata, quando escapou exatamente no último jogo.

O UOL Esporte levanta cinco motivos que ajudam a explicar o baixo rendimento do time de Montillo.

Desmanche do time, com saída de jogadores importantes

Sob a alegação de equilibrar as contas, diretoria celeste manteve a fama de vendedora e optou em negociar jogadores durante a temporada. Saíram atletas importantes, como o atacante Thiago Ribeiro, que foi para o Cagliari, o meia Dudu, negociado com o Dínamo de Kiev e o zagueiro Gil, para o Braga, além de Henrique, que se transferiu para o Santos, seguindo caminho trilhado anteriomente pelo lateral-direito Jonathan (agora na Inter de Milão). Essas transferências prejudicaram o esquema de jogo da equipe, que perdeu também em qualidade individual. A saída do experiente Gilberto, já no returno e após problemas com companheiros, enfraqueceu ainda mais o time.

Aposta errada na contratação dos substitutos dos negociados
Após ver o rendimento da equipe cair no segundo turno, depois da saída dos atletas negociados, o Cruzeiro foi atrás de reforços para suprir as ausências. Porém, errou na avaliação. Chegaram o zagueiro Cribari, atacantes Keirrison e Bobô, que chegaram fora de forma e não ganharam a condição de titulares. Antes, o clube já havia contratado o lateral-direito Vítor e o atacante Ortigoza. E o time celeste sentiu falta especialmente no seu setor ofensivo, o pior do returno do Brasileiro. Em tentativas de resolver a situação, o Cruzeiro trouxe de novo Wellington Paulista, que havia sido emprestado ao Palmeiras e que pouco atuou lá, e reintegrou o argentino Farías, que estava treinando em separado.

Queda de rendimento de jogadores experientes e importantes
Ao longo da campanha vacilante do Cruzeiro, jogadores importantes e considerados decisivos do elenco celeste caíram de rendimento. Roger perdeu espaço na equipe titular, foi bastante criticado e assumiu sua condição de coadjuvante. Os volantes Fabrício e Marquinhos Paraná, pilares da equipe em outros anos, não conseguiram render o esperado, sendo que o primeiro, mais uma vez, conviveu com seguidas lesões. A falta de goleador foi sentida pelo clube. Wellington Paulista, Ortigoza e Farias se revezaram na titularidade, mas não assumiram o posto. Montillo, que passou os últimos 13 jogos sem fazer gol, ainda é o artilheiro do time, com 12 gols, três a mais que Anselmo Ramon.

Dependência do argentino Montillo, que caiu de produção
O armador Montillo é o principal jogador do Cruzeiro. Porém, sem o auxílio de outros jogadores que não renderam o esperado e a saída de atletas importantes, o time celeste criou uma dependência do meia. As principais jogadas saem dos pés do camisa 10. Para complicar, o argentino se contundiu e nos últimos jogos atuou sem estar em suas condições físicas ideais. Além disso, o atleta, um dos poucos que não foi criticado em nenhum momento pelo torcedor, teve de conviver com o problema de saúde do seu filho mais novo, Santino, que foi operado. O auge da queda aconteceu na partida contra o Corinthians, quando o meia perdeu um pênalti, que seria do empate, deixando posteriormente o posto de batedor oficial do Cruzeiro, por opção de Vágner Mancini.

Cruzeiro teve quatro técnicos ao longo do Brasileirão
Sem rendimento em campo, principalmente no segundo semestre, a diretoria do Cruzeiro apostou na troca de comando do clube. Quatro treinadores estiveram à frente da equipe, mas o problema não se resolveu. Cuca, que foi vice-campeão um ano antes, perdeu o emprego com o começo vacilante nas cinco primeiras rodadas do Brasileirão (três empates e duas derrotas). O experiente Joel Santana assumiu, teve rendimento melhor, com oito vitórias e sete derrotas, mas foi demitido pela diretoria. Em seu lugar, assumiu Emerson Ávilla, coordenador da base, mas que amargou apenas insucessos, cinco derrotas e dois empates e também deixou o cargo. Agora, o time termina a temporada com Vágner Mancini, que tenta salvar a equipe do rebaixamento.

Este debate está sendo feito em vários sites e blogs da cruzeirense. Um dos mais acessados é o www.cruzeiro.org.

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