Cemig mete a mão: valor da tarifa é 73% a mais que a média de 27 países
Dados divulgados pela Agência Internacional de Energia mostram que a energia elétrica é mais cara em Minas do que em boa parte do mundo, inclusive nos países onde estão os principais concorrentes das empresas mineiras.
A tarifa média de R$ 372,50 por megawatt-hora (MWh) no Estado está 13% acima da média brasileira, de R$ 329 o MWh, e é 73% a mais que a média apurada em um conjunto de 27 países do mundo.
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), concluiu que em Minas Gerais o Governo estadual adota política arrecadatória, via tributação da energia, à custa da competitividade do setor industrial.
No que diz respeito à tributação, os impostos federais (PIS/Cofins) e o estadual, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), respondem por 35,6% do preço final, enquanto no Brasil esta participação é de 31,5%. O estudo aponta que, em alguns casos, os estados compensam a situação com impostos menores. Em outros, mantêm a carga alinhada à média nacional.
Um terceiro grupo mantém o nível dos tributos ligeiramente acima da média, reforçando o caixa à custa da competitividade industrial. Na região Sudeste, com tarifa de R$ 372,40, o Estado fica com valor 4,4% maior do que o do Rio de Janeiro (R$ 356,70). É, ainda, 6,4% mais elevado do que no Espírito Santo (R$ 350) e 17,3% superior à tarifa praticada em São Paulo ( R$ 317,30). A energia produzida na Hidrelétrica de Irapé aumenta lucros da Cemig. Não deixa nada no Vale. Não reduz tarifas na região como fazem algumas das suas concorrentes em áreas de economia pobre.
No mundo, apenas indústrias da Itália, Turquia e República Tcheca pagam mais pela energia elétrica, sendo que a diferença entre a Itália (R$ 458,30 o MWh) e Minas é de apenas 23%.
Comparada com os países do Brics (bloco de emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia e China), a energia elétrica para a indústria mineira é 165% mais cara.
Em relação à China, é 20% superior. Na comparação com os Estados Unidos, a tarifa é 36% mais alta em Minas e, quando comparada com a Rússia, chega a ser 86% mais elevada.
“Neste setor, Minas não é competitiva em relação a nenhum país, mas a situação é bem mais complicada quando comparada com os concorrentes diretos”, disse a especialista em infraestrutura do Sistema Firjan, Tatiana Lauria.
Postado por Alberto Bouchardet, em seu Blog
Nenhum comentário:
Postar um comentário