terça-feira, 5 de julho de 2011

Lavrador come cobra coral para se curar de picada venenosa

Lavrador come cobra coral para se curar de picada venenosa
Como se fosse um colar, homem desfilou pela cidade de Poté, no Vale do Mucuri, com a cobra no pescoço
Ao tentar separar uma suposta briga entre uma galinha e uma cobra coral, no quintal de casa, Cristiano Alves da Silva, de 24 anos, acabou sendo picado no pé pela serpente. Para se defender do animal, o lavrador usou uma pedra para matá-la, pendurando-a no pescoço em seguida. Como um troféu, Cristiano desfilou pela cidade de Poté, no Vale do Mucuri, nordeste de Minas, com o estranho adorno, assustando os moradores. “Usei como enfeite, ficou parecendo um colar”, contou o lavrador.Lavrador Cristiano Alves da Silva e sua esposa, na porta de sua casa

No entanto, Cristiano só não esperava que a serpente estivesse viva e o picasse novamente. “Fui para casa com dores no corpo e suando bastante e minha esposa me convenceu a procurar um médico”, disse.
O lavrador procurou o hospital, recebeu soro antibotrópico e, sem autorização dos médicos, fugiu da unidade. “Lembrei que os povos antigos diziam que basta comer o coração da cobra para cortar o veneno". Foi justamente o que ele fez. Colocou o bicho na panela e fez uma refeição. Depois disso, as dores passaram, segundo ele. Pela coragem, virou atração na pequena cidade.

Tratamento médico terminado em casa
A situação surpreendeu até mesmo profissionais experientes que diariamente lidam com atendimento a vítimas de animal peçonhento. O administrador do Hospital São Vicente de Paulo, Risomar Telles, contou que o lavrador poderia ter morrido se não recebesse a vacina. “Foi uma situação inédita. O lavrador deveria ter ficado pelo menos 48 horas internado em observação. Não ficou duas horas na unidade de saúde e fugiu. Tivemos que terminar o atendimento no domicílio da vítima”, comentou.

De acordo com o administrador, por mês, de três a quatro pessoas são picadas por cobras na região de Poté. A maioria das vítimas são lavradores que trabalham em propriedades da zona rural. “Cobras como a coral e a jararaca são espécies endêmicas da região”, explicou Telles.

O caso também virou assunto de polícia. Devido ao risco de outras pessoas serem picadas pela cobra enquanto o lavrador desfilava pela cidade com a serpente no pescoço, policiais militares do destacamento de Poté foram acionados e solicitaram que o lavrador parasse com a exibição do animal peçonhento, por medida de segurança pública.

Com informações da Rádio Teófilo Otoni

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