Secretaria de Saúde alerta contra doenças vindas de enchentes e águas contaminadas
População deve evitar contato direto com água de enchente devido ao risco de contrair leptospirose, dengue e outras doenças.A Secretaria de Estado de Saúde (SES) orienta sobre a limpeza dos imóveis inundados após as enchentes e os cuidados para evitar doenças transmitidas por meio das águas contaminadas. A enxurrada e a lama dos locais afetados pelas chuvas podem ter sido contaminadas pela urina de roedores, sobretudo ratos e camundongos que podem estar infectados pela bactéria leptospira.
“O risco aumenta quando a população retorna às casas para a limpeza, podendo entrar em contato com o material contaminado. Nesse momento, é fundamental o uso de luvas e botas de borracha ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés. Toda a água e a lama remanescentes devem ser removidas”, aponta a coordenadora Estadual de Vigilância Ambiental, Mariana Gontijo.
A limpeza das paredes e do piso deve ser feita com solução de água sanitária. A cada 20 litros de água deve-se adicionar um copo de 200ml de água sanitária. “A água contaminada não pode ser utilizada para beber, lavar a louça ou para a preparação de alimentos”, reforça a coordenadora.
Caso o fornecimento de água esteja comprometido, outras fontes podem ser utilizadas: a água deve ser fervida durante 1 a 2 minutos. Em seguida, “bata” a água passando de uma vasilha limpa para outra vasilha limpa; adicione duas gotas de hipoclorito de sódio 2,5% para cada litro de água e aguarde 30 minutos antes de consumi-la; ou consuma água engarrafada (água mineral).
Outros cuidados importantes são com o manejo adequado do lixo e o armazenamento correto de alimentos, que podem evitar o acesso e a presença de roedores, principal vetor da leptospirose. As residências e arredores devem ser mantidos limpos, livres de entulho, lixo e de mato. Os buracos e frestas devem ser vedados. O apoio técnico nas medidas de desratização é fornecido pelas secretarias municipais de Saúde.
A limpeza das caixas d'água e o tratamento dos poços devem seguir as orientações dos agentes municipais de saúde. As unidades básicas de Saúde dos municípios que sofreram com as inundações devem ficar em alerta com a ocorrência de casos suspeitos de leptospirose, bem como o seu tratamento precoce, evitando, assim, o óbito.
Doenças
Além da leptospirose, as chuvas favorecem a transmissão da dengue no período de estiagem e os acidentes com animais peçonhentos. “Com relação à dengue, reforçamos as medidas de controle, com a eliminação de possíveis criadouros. Sobre animais peçonhentos, o que acontece é que as chuvas desalojam esses animais de seus abrigos e durante o momento da limpeza pode haver acidentes, sobretudo com escorpiões”.
Higiene é fundamental
Boas práticas de cozimento e ingestão de água potável são fundamentais para evitar as doenças diarreicas agudas (DDAs). "A doença diarreica aguda é causada por diferentes agentes etiológicos, como bactérias, vírus e parasitas. Entre os sintomas mais comuns está o aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Em alguns casos, há presença de muco e sangue. Podem ainda ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal", esclarece a referência técnica em Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis por Alimentos e Água, Renata Boldrini.
No geral, explica a técnica, as DDAs são autolimitadas, ou seja, encerram-se sozinhas, com o próprio sistema de defesa do organismo combatendo o agente infeccioso, fazendo com que a doença desapareça. Podem ter duração de um a 14 dias. "O que preocupa, nesses casos, é que ocorre muita desidratação, fazendo com que a pessoa possa ficar em choque e até chegar a óbito nos casos mais graves".
Quando a pessoa tem sintomas de doença diarreica aguda, deve hidratar-se e procurar uma unidade de saúde o quanto antes. “O tratamento é feito com maior ingestão de líquidos, bem como os sais de reidratação que são distribuídos pelos serviços de saúde aos pacientes. A princípio, não há restrições à dieta dos pacientes”, salienta.
Renata destaca que em situações de enchentes e inundações ocorre maior risco de doenças transmitidas pela água contaminada, também, pela ingestão. “Tal fato pode levar à ocorrência de doenças como hepatite A e E, febre tifoide”. Nessas situações, até mesmo o tétano pode ocorrer, visto que as pessoas podem se ferir com cacos de vidro ou pedaços de metal.
Recomendações
Os sintomas dessas doenças são muito parecidos. Os mais frequentes são: febre alta, dor de cabeça, náuseas, dores musculares, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo ou não ocorrer icterícia (coloração amarela em mucosa e pele). No caso de aparecimento desses sinais, o paciente deve procurar imediatamente um serviço de saúde mais próximo de sua casa.
“É importante que seja relatado se houve, por exemplo, contato com lama e água de enchentes, para que o profissional de saúde possa ter mais informações para fazer um diagnóstico preciso”, ressalta Mariana Gontijo.
“O risco aumenta quando a população retorna às casas para a limpeza, podendo entrar em contato com o material contaminado. Nesse momento, é fundamental o uso de luvas e botas de borracha ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés. Toda a água e a lama remanescentes devem ser removidas”, aponta a coordenadora Estadual de Vigilância Ambiental, Mariana Gontijo.
A limpeza das paredes e do piso deve ser feita com solução de água sanitária. A cada 20 litros de água deve-se adicionar um copo de 200ml de água sanitária. “A água contaminada não pode ser utilizada para beber, lavar a louça ou para a preparação de alimentos”, reforça a coordenadora.
Caso o fornecimento de água esteja comprometido, outras fontes podem ser utilizadas: a água deve ser fervida durante 1 a 2 minutos. Em seguida, “bata” a água passando de uma vasilha limpa para outra vasilha limpa; adicione duas gotas de hipoclorito de sódio 2,5% para cada litro de água e aguarde 30 minutos antes de consumi-la; ou consuma água engarrafada (água mineral).
Outros cuidados importantes são com o manejo adequado do lixo e o armazenamento correto de alimentos, que podem evitar o acesso e a presença de roedores, principal vetor da leptospirose. As residências e arredores devem ser mantidos limpos, livres de entulho, lixo e de mato. Os buracos e frestas devem ser vedados. O apoio técnico nas medidas de desratização é fornecido pelas secretarias municipais de Saúde.
A limpeza das caixas d'água e o tratamento dos poços devem seguir as orientações dos agentes municipais de saúde. As unidades básicas de Saúde dos municípios que sofreram com as inundações devem ficar em alerta com a ocorrência de casos suspeitos de leptospirose, bem como o seu tratamento precoce, evitando, assim, o óbito.
Doenças
Além da leptospirose, as chuvas favorecem a transmissão da dengue no período de estiagem e os acidentes com animais peçonhentos. “Com relação à dengue, reforçamos as medidas de controle, com a eliminação de possíveis criadouros. Sobre animais peçonhentos, o que acontece é que as chuvas desalojam esses animais de seus abrigos e durante o momento da limpeza pode haver acidentes, sobretudo com escorpiões”.
Higiene é fundamental
Boas práticas de cozimento e ingestão de água potável são fundamentais para evitar as doenças diarreicas agudas (DDAs). "A doença diarreica aguda é causada por diferentes agentes etiológicos, como bactérias, vírus e parasitas. Entre os sintomas mais comuns está o aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Em alguns casos, há presença de muco e sangue. Podem ainda ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal", esclarece a referência técnica em Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis por Alimentos e Água, Renata Boldrini.
No geral, explica a técnica, as DDAs são autolimitadas, ou seja, encerram-se sozinhas, com o próprio sistema de defesa do organismo combatendo o agente infeccioso, fazendo com que a doença desapareça. Podem ter duração de um a 14 dias. "O que preocupa, nesses casos, é que ocorre muita desidratação, fazendo com que a pessoa possa ficar em choque e até chegar a óbito nos casos mais graves".
Quando a pessoa tem sintomas de doença diarreica aguda, deve hidratar-se e procurar uma unidade de saúde o quanto antes. “O tratamento é feito com maior ingestão de líquidos, bem como os sais de reidratação que são distribuídos pelos serviços de saúde aos pacientes. A princípio, não há restrições à dieta dos pacientes”, salienta.
Renata destaca que em situações de enchentes e inundações ocorre maior risco de doenças transmitidas pela água contaminada, também, pela ingestão. “Tal fato pode levar à ocorrência de doenças como hepatite A e E, febre tifoide”. Nessas situações, até mesmo o tétano pode ocorrer, visto que as pessoas podem se ferir com cacos de vidro ou pedaços de metal.
Recomendações
Os sintomas dessas doenças são muito parecidos. Os mais frequentes são: febre alta, dor de cabeça, náuseas, dores musculares, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo ou não ocorrer icterícia (coloração amarela em mucosa e pele). No caso de aparecimento desses sinais, o paciente deve procurar imediatamente um serviço de saúde mais próximo de sua casa.
“É importante que seja relatado se houve, por exemplo, contato com lama e água de enchentes, para que o profissional de saúde possa ter mais informações para fazer um diagnóstico preciso”, ressalta Mariana Gontijo.
Agência Minas
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