quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

FHC declara preferência por Aécio na disputa com Serra

Já era bem claro, para quem sabe, pelo tal “Brado Retumbante” da Rede Globo, que foi “casualmente” lançado.

Mas FHC, o decano do tucanato, tratou de explicitar, na entrevista à revista inglesa The Economist, que a Folha de S. Paulo  reproduz.

A tática para 2014 está montada: Aécio para a presidência, que livrará o PSDB do quarto massacre, pois, pela idade e candidatura inédita amenizara a vergonha da quarta derrota sequida; Alckmin para o Governo de São Paulo, para tentar fazer com que o provável naufrágio nas eleições paulistanas deste ano atinja o convés superior.

José Serra é impiedosamente moído pela fraternidade de tamanduá do ex-presidente. Que, aliás, “prevê” o obvio: “uma briga interna muito forte no PSDB, entre Serra e Aécio”.

Briga na qual, agora, ele assume publicamente o lado de Aécio.

Serra, a esta altura, é pura bile.

Ele atribui a Aécio o inferno astral que enfrenta com as denúncias da “privataria”.

E não admite a ideia de se tornar o “boi de piranha” para que FHC atravesse o rio com Aécio de grumete.

Enquanto ele, inservível como candidato futuro, é destroçado como o grande beneficiário dos negócios da privatização.

Serra não enfrentará isso de forma aberta, polemizando.

Não é da sua natureza o combate, mas a intriga e a perfídia.

Fernando Henrique julga-se Luís XV, conhecido como “o Bem-Amado”, que arruinou a França.

Serra de outra natureza, é o homem (de)formado na penumbra, nas negaças, no jogo palaciano.

Sente que há uma pinça se fechando sobre ele, para removê-lo de cena.

Não lutará como o leão que não é. Mas como a víbora que sempre foi.

  Do Blog de Alberto Bouchardet

Nenhum comentário:

Postar um comentário