Globo divulga lista do Bacanal do Bial
Entre os participantes do BBB 12, há uma produtora de filmes pornôs, um ex-Mister Brasil, um cara que se interessa por “meninos e meninas” e uma ex-bumbum mais bonito do País; garantia de sexo ao vivo para a família brasileira Big Brother Brasil. Nenhum programa é tão criticado e tão assistido pela população brasileira. Com algumas das cotas de patrocínio mais caras do Brasil, vendidas com meses de antecedência, o BBB, franquia adquirida pela Globo da Endemol, tem o dom de transformar anônimos em celebridades da noite para o dia. Da casa que Pedro Bial define como “nave louca”, já saíram várias capas da Playboy, a apresentadora Sabrina Sato, que hoje está no Pânico da RedeTV e até um deputado que vem se destacando no Congresso Nacional por suas posições contra a homofobia, que é Jean Wyllys. Nesta quarta-feira, a Globo divulgou a lista dos nomes que participarão da 12ª edição do programa, que premiará o vencedor com R$ 1,5 milhão.
Nesta nova edição, que começa na próxima terça-feira, a Globo divulgou a participação de uma produtora de filmes pornôs, de um ex-Mister Brasil e de uma quase vencedora do concurso de bumbum mais bonito do Brasil. É a garantia de sexo ao vivo para a família brasileira.
A cada ano, o BBB amplia suas fronteiras e reflete um novo momento da sociedade brasileira. O programa já foi vencido pelo “estrategista”, pela “empregada doméstica”, pelo “homossexual” e até pela “garota de programa”. E como os limites da casa de tolerância mais espiada do Brasil são sempre estendidos. Bem-vindos ao que um de nossos colunistas, Marcos Lucena, definiu como o “Bacanal do Bial”.
Leia, abaixo, o artigo de Lucena:
Belo Bacanal do Bial - Marcos Lucena
Durante a programação da Rede Globo, já é possível assistir chamadas para a próxima edição do programa Big Brother Brasil. Um animado apresentador Pedro Bial nos convida a viajar nessa “nave louca”. Louca mesmo. Quem diria que um jornalista com uma respeitável biografia fosse “coroar” sua carreira vibrando com fofoquinhas do tipo “quem pegou quem debaixo do edredom” em rede nacional.
Na Roma antiga havia os rituais em homenagem ao Deus Baco, os chamados bacanais, festas luxuriosas que hoje emprestam seu nome para orgias ou outras atividades semelhantes.
O termo 'Big Brother' foi inspirado no livro '1984', escrito por Eric Arthur Blair sob o pseudônimo de George Orwell, publicado em 1949, e se passava no "futuro" ano de 1984. Nele, havia um governante autoritário, o Big Brother, que comandava todo o ocidente e vigiava a todos por câmeras (chamadas teletelas). Com base no que via, manipulava a forma de pensar dos habitantes. É mais ou menos o que nos incutem na cabeça como a definição de Deus. Um velhinho invisível que fica no céu olhando todos os nossos passos, e com base no que vê, prescreve castigos ou recompensas, decidindo ao fim de nossas vidas se nos manda pro céu ou pro inferno. Vai entender essa diversão divina!
Em 1999, o holandês John de Moll, sócio da empresa Endemol, criou um Reality Show com pessoas comuns, onde estas conviveriam juntas numa casa e seriam vigiadas full-time. O nome do programa foi inspirado no livro de George Orwell.
Do livro 1984, que é de 1949, aos dias de hoje, sessenta e poucos anos depois, muita água já rolou, e as edições que se passam hoje do Reality Show em praticamente nada conservam a ideia original. O critério de seleção dos participantes hoje é ter corpo sarado e quociente intelectual baixo (já foi provada e comprovada a garantia de audiência dessa formula), associados à vontade de aparecer a qualquer custo, buscando um trampolim para o sucesso na TV ou nas revistas de nudismo. Lógico que pra não ficar tão flagrante a intenção de formar um bacanal, convidam-se duas ou três pessoas fora desses padrões.
A história tem seus ciclos. Temos um novo Deus Baco no século XXI. O Deus que olha tudo o que se passa pelas câmeras chama-se Pedro Bial. As festas em sua homenagem são feitas na “nave louca”. E acompanhadas em rede nacional. Inclusive por muitos puritanos que são totalmente avessos a orgias, pelo menos no discurso.
Em minha modesta opinião, o programa que estreia em breve nada tem a acrescentar aos espectadores. Quem optar por não assistir, se prepare para ser excluído(a) das rodas de conversa nos próximos três meses. Mas pensando bem, não conversar sobre isso até que é lucro! Sobra tempo para se pensar em algo útil!
Como sugestão, durante o horário do programa, leia um livro, seja ele qual for. O livro 1984, de George Orwell, é uma boa dica.
Raspado do Blog do Alberto Bouchardet.
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