No 100º dia de greve, professores decidem manter paralisação Professores estaduais de Minas Gerais ocuparam a Praça da Assembleia no 100º dia de greve Foto: Ney Rubens/Especial para Terra
Os professores da rede estadual de educação em Minas Gerais decidiram, em assembleia geral da categoria, pela continuidade da greve no Estado. A paralisação atinge cerca de 50% das escolas, segundo o Sindicato Geral dos Professores (Sind-Ute), dado contestado pelo governo estadual, que informou serem apenas 20% das escolas. A greve completou nesta quinta-feira 100 dias.
Os professores exigem o pagamento do piso salarial nacional de R$ 1.187,70 determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Desacreditada de uma solução a curto prazo, a coordenadora geral do Sind-Ute, Beatriz Cerqueira, disse que se reuniu, em Brasília, com o ministro da Educação Fernando Haddad. Segundo Beatriz, o sindicato conseguiu do ministro a garantia de que ele iria intermediar o processo de negociação em Minas Gerais. "Também descobrimos que o governo jamais foi a Brasília para pedir recursos para pagar o piso salarial como foi divulgado aqui", disse.
O governo de Minas Gerais anunciou a contratação de 12 mil professores substitutos para substituir parte dos grevistas e minimizar o impacto do movimento. As novas vagas começarão a ser abertas na próxima semana e cada superintendência ficará responsável por selecionar os profissionais. Segundo os dados do governo, são 44 escolas completamente paralisadas e mais de 700 parcialmente paradas.
A coordenadora do Sind-Ute contestou a decisão do governo Estadual: "12 mil é um número fictício para dizer para a sociedade que tem pouca gente em greve. Nós sabemos que a adesão é bem superior a isso", afirmou.
Ana Lúcia Moreira, coordenadora da sub-sede do Padre Eustáquio do Sind-Ute, também disse acreditar que os números não refletem a realidade. "Se nós temos 3.960 escolas, será que só 46 escolas mexeriam com o governo?", questionou.
Conceição Lima Lopes, professora na cidade de Pedro Leopoldo, uma das que votaram pela manutenção da paralisação, afirmou que a greve não é uma ação unicamente do sindicato, mas sim de toda uma categoria.
A professora Rosane Alves de Oliveira lamentou a situação dos alunos e disse que esse ano não dá mais para repor as aulas. "A gente tem olhar o seguinte: até para a gente repor, o governador tem que negociar, porque a gente não deve. A gente não recebeu. É um crime contra os educadores e um crime contra os educandos e seus familiares. A dificuldade é para nós e para a sociedade", concluiu.
Os funcionários dos Correios, que estão em greve desde a última quarta-feira, também participaram da manifestação com cartazes e apitos.
Em nota, o governo lamentou a continuidade da paralisação dos professores e afirmou que a decisão demonstra a "intransigência" do movimento, "que fica ainda mais evidente diante das derrotas que o Sind-Ute vem sofrendo no âmbito da Justiça". Segundo o governo, o Tribunal de Justiça do Estado indeferiu, por duas vezes, representações do Sindicato que tentavam impedir a contratação de professores substitutos e a Advocacia Geral da União (AGU) já reconheceu que o salário pago aos professores estaduais atende o que está previsto na lei do piso nacional, confirmando que o modelo de remuneração por subsídio em vigor desde janeiro desse ano é constitucional, ao contrário do que alega o sindicato.
Também informou que a Secretaria de Educação está providenciando a designação de professores para todas as séries dos ensinos médio e fundamental, a exemplo que já ocorreu com nas turmas de 3º ano.
Os professores da rede estadual de educação em Minas Gerais decidiram, em assembleia geral da categoria, pela continuidade da greve no Estado. A paralisação atinge cerca de 50% das escolas, segundo o Sindicato Geral dos Professores (Sind-Ute), dado contestado pelo governo estadual, que informou serem apenas 20% das escolas. A greve completou nesta quinta-feira 100 dias.
Os professores exigem o pagamento do piso salarial nacional de R$ 1.187,70 determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Desacreditada de uma solução a curto prazo, a coordenadora geral do Sind-Ute, Beatriz Cerqueira, disse que se reuniu, em Brasília, com o ministro da Educação Fernando Haddad. Segundo Beatriz, o sindicato conseguiu do ministro a garantia de que ele iria intermediar o processo de negociação em Minas Gerais. "Também descobrimos que o governo jamais foi a Brasília para pedir recursos para pagar o piso salarial como foi divulgado aqui", disse.
O governo de Minas Gerais anunciou a contratação de 12 mil professores substitutos para substituir parte dos grevistas e minimizar o impacto do movimento. As novas vagas começarão a ser abertas na próxima semana e cada superintendência ficará responsável por selecionar os profissionais. Segundo os dados do governo, são 44 escolas completamente paralisadas e mais de 700 parcialmente paradas.
A coordenadora do Sind-Ute contestou a decisão do governo Estadual: "12 mil é um número fictício para dizer para a sociedade que tem pouca gente em greve. Nós sabemos que a adesão é bem superior a isso", afirmou.
Ana Lúcia Moreira, coordenadora da sub-sede do Padre Eustáquio do Sind-Ute, também disse acreditar que os números não refletem a realidade. "Se nós temos 3.960 escolas, será que só 46 escolas mexeriam com o governo?", questionou.
Conceição Lima Lopes, professora na cidade de Pedro Leopoldo, uma das que votaram pela manutenção da paralisação, afirmou que a greve não é uma ação unicamente do sindicato, mas sim de toda uma categoria.
A professora Rosane Alves de Oliveira lamentou a situação dos alunos e disse que esse ano não dá mais para repor as aulas. "A gente tem olhar o seguinte: até para a gente repor, o governador tem que negociar, porque a gente não deve. A gente não recebeu. É um crime contra os educadores e um crime contra os educandos e seus familiares. A dificuldade é para nós e para a sociedade", concluiu.
Os funcionários dos Correios, que estão em greve desde a última quarta-feira, também participaram da manifestação com cartazes e apitos.
Em nota, o governo lamentou a continuidade da paralisação dos professores e afirmou que a decisão demonstra a "intransigência" do movimento, "que fica ainda mais evidente diante das derrotas que o Sind-Ute vem sofrendo no âmbito da Justiça". Segundo o governo, o Tribunal de Justiça do Estado indeferiu, por duas vezes, representações do Sindicato que tentavam impedir a contratação de professores substitutos e a Advocacia Geral da União (AGU) já reconheceu que o salário pago aos professores estaduais atende o que está previsto na lei do piso nacional, confirmando que o modelo de remuneração por subsídio em vigor desde janeiro desse ano é constitucional, ao contrário do que alega o sindicato.
Também informou que a Secretaria de Educação está providenciando a designação de professores para todas as séries dos ensinos médio e fundamental, a exemplo que já ocorreu com nas turmas de 3º ano.
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