Corrupção no governo de Minas desvia 250 milhões dos mineiros
Anastasia, privilegio na Polícia. Falsificação de documentos públicos e particulares; Falsidade ideológica; Corrupção ativa e passiva; Formação de quadrilha e lavagem de dinheiro dentro do governo tucano.
O governador Antonio Anastasia (PSDB) foi avisado sobre a operação da Policia Federal com antecedência a tempo de exonerar seu secretário, Manoel Costa, e os dois diretores do Instituto de Terra de Minas Gerais, um dia antes da operação. Os atos do governador foram enviados para ser publicados no Minas Gerais, diário oficial do estado, nesta segunda-feira. Perguntada se o vazamento pode ter comprometido a ação de busca e apreensão na casa do secretário, horas depois, a PF preferiu não comentar.
A operação, batizada de Grilo, resultou também afastou toda a da cúpula do Instituto de Terras do Estado de Minas (Iter-MG), na apreensão de dez carros e no bloqueio de R$ 35 milhões em contas e aplicações bancárias. Os mandados foram expedidos pelos juízos das Comarcas de São João do Paraíso e de Salinas, no Norte de Minas Gerais.
O secretário Manoel Costa chegou a ser levado para prestar depoimento por causa de um revólver sem registro encontrado em sua casa. Costa disse ter sido surpreendido pela ação da polícia e também por sua exoneração. Ele chamou a operação de "nazi-fascista" e "estapafúrdia", por não ter sido informado sobre o motivo das buscas em sua casa nem ter tido chance de se defender.
Dois prefeitos do DEM suspeitos de integrarem o esquema criminoso
O Ministério Público pediu o afastamento dos prefeitos de Indaiabira, Marcus Penalva Costa (DEM) e de Vargem Grande do Rio Pardo, Virgílio Penalva Costa (DEMo). Ambos são suspeitos de integrarem o esquema.
250 milhões desviados dos mineiros
Segundo a Polícia Federal, que atuou na operação em conjunto com o Ministério Público e a Polícia Militar, os suspeitos atuam há vários anos, de forma impune, no Norte do estado. Para negociar as terras, o grupo usaria de uma série de mecanismos, como falsificação de documentos públicos e particulares, corrupção ativa e passiva. Todos são acusados de falsidade ideológica, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
De acordo com Castro, até o momento já se sabe que Minas Gerais perdeu R$ 250 milhões com os desvios das terras que foram vendidas para a mineradora Vale.
- As investigações vão continuar e queremos saber exatamente a quantidade de terras que foram utilizadas no golpe - afirma o promotor.
Somadas, cumulativamente, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam os 30 anos.
Publicação do Blog de Alberto Bouchardet, do norte de Minas
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