segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Justiça mantém ex-diretor do Iter atrás das grades

Justiça mantém ex-diretor do Iter atrás das grades
Desembargador Reinaldo Portanova nega habeas corpus aos diretores do Governo Anastasia acusados de montar esquema de grilagem de terras púbicas
Preso em Montes Claros, Ivonei Abade Brito era diretor do Iter
O Ministério Público Estadual pediu à Justiça de 1ª Instância que mantenha os nove presos na ‘Operação Grilo’ na cadeia. Os envolvidos são acusados de montar um esquema de grilagem de terras públicas ou pertencentes a pequenos agricultores. Os detidos tiveram a prisão temporária decretada no último dia 21. Ela vale por cinco dias. O MP pediu a prorrogação por tempo indeterminado.

A operação, realizada pelo Ministério Público Estadual (MP) em conjunto com a Polícia Federal, culminou na exoneração do Secretário Estadual de Regularização Fundiária Manoel Costa (PDT), apontado nas investigações como comandante da quadrilha.

Entre os detidos na última terça-feira (20) está o ex-diretor-geral do Instituto de Terras (Iter), autarquia subordinada à pasta de Regularização Fundiária, Ivonei Abade Brito, do Governo de Minas Gerais.


O desembargador Reinaldo Portanova, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou habeas corpus impetrado pela defesa de Ivonei para que seja posto em liberdade. No despacho, o desembargador alegou que “o paciente tem poderio econômico, forte influência política e amplo acesso ao órgão investigado, mantendo, mesmo exonerado do cargo de chefia, contatos na administração pública e no Iter-MG.” Para o magistrado, o acusado poderia atrapalhar as investigações, se for solto.

Fortuna aplicada em terras do norte
O ex-diretor do Iter, preso em Montes Claros, declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) possuir R$ 2,5 milhões. Quase metade de sua fortuna está aplicada em terras no Norte de Minas. A outra metade diz respeito a empresas em seu nome. Segundo ele próprio confirmou, em depoimento à Polícia Federal, uma de suas empresas, a Karambi Alimentos, já teve como sócio Manoel Costa. Na ação civil pública que instruiu a prisão de Ivonei e outros oito acusados de grilagem de terras, o Ministério Público Estadual sustenta que os envolvidos têm patrimônio que não condiz com as funções por eles exercidas.
Fonte : Hoje em Dia

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