A flor da terra. Filarmônica dá o tom para jovens e adolescentes em Jequitinhonha.
Repórter: Sérgio Vasconcelos. Foto: Marcela Matias
Grêmio Cultural Bartolomeu de Almeida Franca será uma das atrações do Encontro Regional de Bandas que será realizado em Veredinha dia 16 de outubro. O Grupo fez a abertura da 2ª Reunião Itinerante da Associação Mineira de Municipios (AMM) dia 28 de setembro em Jequitinhonha.
Um menino de 11 anos vê a banda passar e fica impressionado e encantado com o que vê. Hoje ele toca trombone e, já decidiu: “quero fazer faculdade de música”. O menino era Bruno Campos. Hoje, com 15 anos, ele e outros 17 adolescentes, faz parte do Grêmio Cultural Bartolomeu de Almeida Franca, a Banda Filarmônica de Jequitinhonha formada em 1989.O nome é uma homenagem a Bartolomeu de Almeida, músico saxofonista da cidade, já falecido.
Repórter: Sérgio Vasconcelos. Foto: Marcela Matias
Grêmio Cultural Bartolomeu de Almeida Franca será uma das atrações do Encontro Regional de Bandas que será realizado em Veredinha dia 16 de outubro. O Grupo fez a abertura da 2ª Reunião Itinerante da Associação Mineira de Municipios (AMM) dia 28 de setembro em Jequitinhonha.
Um menino de 11 anos vê a banda passar e fica impressionado e encantado com o que vê. Hoje ele toca trombone e, já decidiu: “quero fazer faculdade de música”. O menino era Bruno Campos. Hoje, com 15 anos, ele e outros 17 adolescentes, faz parte do Grêmio Cultural Bartolomeu de Almeida Franca, a Banda Filarmônica de Jequitinhonha formada em 1989.O nome é uma homenagem a Bartolomeu de Almeida, músico saxofonista da cidade, já falecido.
“ Naquela época, os prefeitos da cidade não apoiavam a iniciativa e a banda que se chamava Filarmônica São Miguel, acabou se desfazendo”, conta Rafael Matos de Almeida, diretor do Grêmio Cultural. “ O atual prefeito, Roberto Botelho acreditou neste sonho e vem dando total apoio. Graças a ele, hoje estamos tocando neste evento”, desabafava o rapaz, antes da apresentação da Filarmônica na 2ª Reunião Itinerante da Associação Mineira dos Municípios realizada em Jequitinhonha dia 28 de setembro , com a presença de 25 prefeitos dos Vales do Jequitinhonha , Mucuri e São Mateus.
Mantendo a tradição
Destinada a incentivar e valorizar a tradição musical das filarmônicas, formando não apenas músicos, mas também cidadãos. Estudar. Ter boas notas e bom comportamento, são algumas das exigências para fazer parte da Filarmônica. Mas não basta apenas estes requisitos. “ É preciso ter aptidão, o dom para a música”, explica o presidente da Banda, Nilson Flávio Vieira Costa, 31 anos. “ A procura está grande. Temos muitos garotos e garotas na fila de espera”, afirma Vieira Costa.
Ele conta que a Filarmônica possuía alguns instrumentos mas não eram suficientes para cobrir a demanda. “ Em 2009 conseguimos através da Secretaria Estadual de Cultura mais 27 instrumentos como saxofones, trompetes, tubas, bombardinos entre outros instrumentos de sopro. “ Com a aquisição, estamos agora realizando aulas duas vezes por semana em três turnos. À noite fazemos um ensaio geral”, diz o presidente.
Mais que uma banda, o Grêmio Cultural, que congrega meninos e meninas de 10 a 16 anos, é uma família, com as discussões normais das famílias mas, onde tudo se resolve harmonicamente. “ Meu avô fazia parte da São Miguel. Hoje estou aqui, tocando saxofone. A música me trouxe mais alegria e me dedico mais aos estudos”, conta Sandy Brito, 16 anos.
Num tempo em que vivemos a geração “ play station”, principalmente nas grandes cidades e que a maioria dos jovens acredita que seja “ fuleragem”, tocar em filarmônicas, em Jequitinhonha e várias cidades do interior, elas exercem um importante papel social e educativo. “ Antes de entrar para a banda eu ficava em casa sem fazer nada. Hoje me sinto mais responsável”, confessa Tairik Dutra Amorim, 17 anos, sendo 4 deles dedicados à Filarmônica.. Ele iniciou tocando bumbo. Hoje toca caixa. “ Agora quero aprender trompete e ter uma banda”, revela o garoto.
O repertório da banda toca o tempo. “ Tocamos de tudo um pouco. Desde dobrados, MPB, música sertaneja, religiosa e hinos”, explica o maestro Reginaldo. “ Estamos recebendo vários convites para apresentações. Agora estamos nos preparando para o Encontro Regional de Bandas que acontece na cidade de Veredinha no dia 16 de outubro. “ Temos nossas dificuldades principalmente pela falta de apoio do empresariado local. O único apoio que estamos recebendo é da prefeitura”, lamenta Nilson Flávio Vieira.
Para muitos, as bandas não passaram à história. Elas continuarão a fazer história, a passar e a tocar, ainda que a crise e os poucos apoios teimem em dar o tom da nota das partituras de muitas delas. Que o Grêmio Cultural Bartolomeu de Almeida Franca sirva de exemplo.
Mantendo a tradição
Destinada a incentivar e valorizar a tradição musical das filarmônicas, formando não apenas músicos, mas também cidadãos. Estudar. Ter boas notas e bom comportamento, são algumas das exigências para fazer parte da Filarmônica. Mas não basta apenas estes requisitos. “ É preciso ter aptidão, o dom para a música”, explica o presidente da Banda, Nilson Flávio Vieira Costa, 31 anos. “ A procura está grande. Temos muitos garotos e garotas na fila de espera”, afirma Vieira Costa.
Ele conta que a Filarmônica possuía alguns instrumentos mas não eram suficientes para cobrir a demanda. “ Em 2009 conseguimos através da Secretaria Estadual de Cultura mais 27 instrumentos como saxofones, trompetes, tubas, bombardinos entre outros instrumentos de sopro. “ Com a aquisição, estamos agora realizando aulas duas vezes por semana em três turnos. À noite fazemos um ensaio geral”, diz o presidente.
Mais que uma banda, o Grêmio Cultural, que congrega meninos e meninas de 10 a 16 anos, é uma família, com as discussões normais das famílias mas, onde tudo se resolve harmonicamente. “ Meu avô fazia parte da São Miguel. Hoje estou aqui, tocando saxofone. A música me trouxe mais alegria e me dedico mais aos estudos”, conta Sandy Brito, 16 anos.
Num tempo em que vivemos a geração “ play station”, principalmente nas grandes cidades e que a maioria dos jovens acredita que seja “ fuleragem”, tocar em filarmônicas, em Jequitinhonha e várias cidades do interior, elas exercem um importante papel social e educativo. “ Antes de entrar para a banda eu ficava em casa sem fazer nada. Hoje me sinto mais responsável”, confessa Tairik Dutra Amorim, 17 anos, sendo 4 deles dedicados à Filarmônica.. Ele iniciou tocando bumbo. Hoje toca caixa. “ Agora quero aprender trompete e ter uma banda”, revela o garoto.
O repertório da banda toca o tempo. “ Tocamos de tudo um pouco. Desde dobrados, MPB, música sertaneja, religiosa e hinos”, explica o maestro Reginaldo. “ Estamos recebendo vários convites para apresentações. Agora estamos nos preparando para o Encontro Regional de Bandas que acontece na cidade de Veredinha no dia 16 de outubro. “ Temos nossas dificuldades principalmente pela falta de apoio do empresariado local. O único apoio que estamos recebendo é da prefeitura”, lamenta Nilson Flávio Vieira.
Para muitos, as bandas não passaram à história. Elas continuarão a fazer história, a passar e a tocar, ainda que a crise e os poucos apoios teimem em dar o tom da nota das partituras de muitas delas. Que o Grêmio Cultural Bartolomeu de Almeida Franca sirva de exemplo.
Publicado na Gazeta de Araçuaí
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