Reitor quer tirar a UFVJM do Vale, levar pra Unaí e Janaúba, além de mudar seu nome
O reitor Pedro Ângelo Abreu, da UFVJM - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Audiência Pública, na cidade de Unaí, noroeste de Minas, afirmou que "a presença da universidade na cidade seria positiva, sob o ponto de vista de sua expansão no Estado, significando também uma oportunidade de mudança na vida da população carente da região, na medida em que possibilitará a oferta de educação qualificada e a incorporação de conhecimento à força produtiva da região". O reitor lembrou que a implantação de uma universidade federal em Unaí faz parte do Programa de Expansão da Universidade Pública Brasileira (Reuni). Segundo Abreu, a análise que está sendo feita pela comissão refere-se apenas à viabilidade de ser a UFVJM a implementar o campus na cidade.
É importante esclarecer que a Reitoria da UFVJM nem o seu Conselho Universitário convidaram representantes do Vale do Jequitinhonha para debater e definir tal expansão.
Empresários oferecem terrenos para implantação de campus
Dois documentos contendo a oferta de doação de terrenos particulares para a implementação do campus da UFVJM em Unaí foram entregues ao reitor da UFVJM durante a audiência pública.
Uma das ofertas foi feita pelo empresário Luiz Roberto Rocha, que justificou sua vontade de doar o terreno, que ficaria a cerca de dois quilômetros do centro de Unaí, como uma forma de possibilitar que os jovens tenham acesso ao ensino superior sem ter que deixar sua cidade natal, o que, segundo ele, acontecia na época em que era estudante.
Dois documentos contendo a oferta de doação de terrenos particulares para a implementação do campus da UFVJM em Unaí foram entregues ao reitor da UFVJM durante a audiência pública.
Uma das ofertas foi feita pelo empresário Luiz Roberto Rocha, que justificou sua vontade de doar o terreno, que ficaria a cerca de dois quilômetros do centro de Unaí, como uma forma de possibilitar que os jovens tenham acesso ao ensino superior sem ter que deixar sua cidade natal, o que, segundo ele, acontecia na época em que era estudante.
O segundo terreno oferecido é de propriedade do fazendeiro Artur Vieira Júnior e fica na BR-251, a seis quilômetros da cidade. Os dois empresários afirmaram que a extensão dos terrenos oferecidos para doação ainda não está acertada, uma vez que isso depende da definição da área que será demandada para a implementação da universidade.
O reitor da UFVJM afirmou que as duas propostas serão encaminhadas a técnicos da universidade, que avaliarão a viabilidade de utilização dos terrenos.
O reitor da UFVJM afirmou que as duas propostas serão encaminhadas a técnicos da universidade, que avaliarão a viabilidade de utilização dos terrenos.
Em entrevista ao jornal Estado de Minas, o reitor propõe mudança do nome da nossa Universidade para Universidade JK para justificar sua expansão para Unaí, no noroeste, e Janaúba, no norte de Minas.
O movimento "A UFVJM é nossa!" quer três campi em cidades do Vale do Jequitinhonha, não aceita a mudança de nome e não apoia a expansão para fora da nossa região.
Deputado Almir Paraca propõe alternativa
O presidente da comissão e autor do requerimento para a reunião, deputado Almir Paraca (PT), classificou a instalação do campus da universidade federal como uma grande conquista para Unaí. Para ele, a presença do ensino universitário na cidade, por meio do programa federal Reuni, vai ampliar as oportunidades para a população local, na medida em que garantirá a presença de mais pessoas nas universidades federais.
Paraca também esclareceu que há uma sinalização para que os cursos a serem abertos no campus de Unaí sejam ligados à área agrária, de forma a aproveitar o potencial da região.
O deputado afirmou também que, caso a resposta da UFVJM seja negativa em relação à implementação do campus na cidade, outras instituições, como a Universidade Federal do Triângulo Mineiro, já mostraram interesse em participar do processo.
Interiorização da universidade – O deputado Federal Reginaldo Lopes (PT-MG) defendeu a ampliação das universidades federais no interior de Minas Gerais. Ele também criticou a qualidade da educação no Estado, bem como os baixos salários pagos aos professores da educação básica. "É difícil ter universidade de qualidade se na base da educação os professores não recebem um salário digno", afirmou o deputado. Lopes também lamentou a ausência do prefeito de Unaí, Antério Mânica, e afirmou que a universidade na cidade é um sonho que poderá transformar a realidade dos cidadãos da região.
A interiorização do ensino público no Estado também foi defendida pelo deputado federal Leonardo Monteiro (PT-MG), que também destacou a importância de envolvimento da comunidade no processo de implementação do campus de Unaí, especialmente no que se refere à definição dos cursos que melhor atenderão à força de trabalho da região.
Com informações da Assembléia Legislativa e Unaínet
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