Diamatina limita turismo em seus monumenos históricos
Ameaças de roubo levam Diamantina a trancar cinco templos históricos e impedir visitação de turistas durante a quaresma
A 14 dias da Semana Santa, a histórica Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, deixa de mostrar aos turistas alguns dos seus monumentos religiosos mais importantes.
A 14 dias da Semana Santa, a histórica Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, deixa de mostrar aos turistas alguns dos seus monumentos religiosos mais importantes.
Devido à recente tentativa de assalto a duas igrejas do século 18, a diocese local, a paróquia de Santo Antônio e irmandades decidiram fechar cinco templos católicos à visitação pública, em área reconhecida como patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Por questões de segurança, estão de portas fechadas para o turismo as igrejas de Nossa Senhora do Carmo (1760/1765), também conhecida como ‘da Chica da Silva’, Nossa Senhora do Rosário (1728), Nossa Senhora das Mercês (1722-1820), Capela Imperial do Amparo (1773-1776) e Senhor do Bonfim dos Militares (1771).
“As tentativas de assalto ocorreram no início de fevereiro e nada foi levado, embora tenha sido feita ocorrência policial”, explica o titular da paróquia de Santo Antônio, padre Darlan Lima.
“As tentativas de assalto ocorreram no início de fevereiro e nada foi levado, embora tenha sido feita ocorrência policial”, explica o titular da paróquia de Santo Antônio, padre Darlan Lima.
Na primeira vez, durante o dia, o alvo foi a Igreja de Nossa Senhora do Carmo. “Quatro pessoas, passando-se por turistas, abordaram o zelador, mas fugiram assim que um grupo de visitantes entrou na igreja para conhecê-la”, disse o padre.
Na segunda, na Igreja de São Francisco de Assis (1725-1775), pouco antes do almoço, alguém, com a intenção de retornar, deixou a porta principal destravada, assim que o zelador saiu para fazer a refeição. Por sorte o vento bateu forte, abriu as portas e o funcionário voltou para fechá-la.
Padre Darlan diz que as missas e outros cultos estão sendo realizados normalmente: “A função das igrejas é religiosa, o turismo vem em seguida. Não podemos tirar o dinheiro das contribuições dos fiéis para pagar um vigia”. Todas as igrejas da cidade, com exceção da Catedral Metropolitana de Santo Antônio e Nossa Senhora da Luz, são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O chefe da equipe de obras do órgão em Diamantina, Paulo Elias Lopes, já foi contratado e executado um projeto para instalação, ainda este ano, de alarmes em todos os locais sob tombamento federal.
Vigilância.
Padre Darlan diz que as missas e outros cultos estão sendo realizados normalmente: “A função das igrejas é religiosa, o turismo vem em seguida. Não podemos tirar o dinheiro das contribuições dos fiéis para pagar um vigia”. Todas as igrejas da cidade, com exceção da Catedral Metropolitana de Santo Antônio e Nossa Senhora da Luz, são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O chefe da equipe de obras do órgão em Diamantina, Paulo Elias Lopes, já foi contratado e executado um projeto para instalação, ainda este ano, de alarmes em todos os locais sob tombamento federal.
Vigilância.
Na tarde de sexta-feira, diversos setores da comunidade estiveram reunidos na prefeitura em busca de uma solução para o problema. De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo, as igrejas deverão estar abertas para os visitantes durante a Semana Santa, que começa dia 28. A proposta é fazer a vigilância com homens da Guarda Municipal.
O fechamento das cinco igrejas atrapalha o serviço de quem ganha a vida mostrando, aos visitantes, as belezas da terra de Juscelino Kubitschek e Chica da Silva, a escrava alforriada que reinou no antigo Arraial do Tijuco e foi mulher do rico contratador de diamantes João Fernandes. “Estamos certos de que o problema será resolvido. Os visitantes têm procurado entender a situação da falta de segurança”, diz o presidente da Associação de Guias e Condutores de Turismo de Diamantina, Paulo Antônio de Almeida.
A Igreja de Nossa Senhora do Carmo, alvo de uma das tentativas de assalto, tem história peculiar. Projeto inicial da Ordem Terceira do Carmo, o templo acabou sendo construído pelo contratador João Fernandes de Oliveira. Há duas versões para o fato de a torre ficar na parte de trás – a alteração permitiria que Chica da Silva frequentasse as missas, já que imperava uma lei que proibia os negros de ir "além das torres"; ou que teria sido um pedido da própria Chica, que não queria que o barulho dos sinos chegasse até sua casa.
Destaca-se a talha esculpida por Francisco Antônio Lisboa, homônimo de Aleijadinho, e Manoel Pinto, além de um órgão de 514 tubos, um dos mais importantes instrumentos musicais dos tempos coloniais.
Fonte: Portal UAI, com a referência do Passadiço Virtual
Fonte: Portal UAI, com a referência do Passadiço Virtual
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