terça-feira, 28 de agosto de 2018

Grande imprensa esconde funeral político de Aécio Neves, no "escondidinho tucano".

Imaginem se fosse um comício da Dilma com 6 gatos pingados...
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Aécio e sua multidão de apoiadores, nos confins de uma estrada de terra, em frente ao motel Dallas, na BR 116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, nordeste de Minas.
De Fernando Brito, no Tijolaço. Publicação dia 26.08.18.

Aécio e a “piedade” do jornalismo


Esperei até agora para escrever, para ver se algum grande jornal tinha se interessado.
Afinal de contas, era o lançamento da candidatura do homem de 50 milhões de votos, quase anunciado como “presidente moral do Brasil”, numa fazenda de correligionários, entrando 2 km por uma estrada de terra, “em frente ao motel Dallas, na BR-116, depois do Posto Teófilo Otoni”, como informava o convite.
Não achei nada em nenhum grande jornal, apenas uma nota no mineiro O Tempo, onde não é nem mesmo a abertura  e nem se dá muita informação, limitando-se a transcrever o que foi distribuído pela campanha do morto-vivo: que ele foi recebido pelo ex-prefeito de Setubinha e dono da fazenda,  Téo Barbosa “e ouviu dos prefeitos os problemas hoje enfrentados pelos municípios”.
A foto, também da assessoria, dá ideia da multidão que presenciou a volta triunfal do ex-quase-futuro-presidente do Brasil.
Será que a Folha, o Estadão ou o império Globo não tinham um repórter disponível em Minas para mandar cobrir?
Afinal, nem que seja pelo inusitado, é pauta imperdível.
Imaginem se Dilma começa a sua campanha ao Senado com meia dúzia de gatos pingados?
Quero crer, porém, que tenha sido um ato de piedade e bom-gosto.
No velório, digo, no encontro Aécio disse que a platéia imensa “mostra a força dos vínculos que tenho com esta região e com a sua história.”
Bem menos que com o Leblon.
Afinal, nossa imprensa não gosta de mundo-cão, de retratar cenas de velório e de explorar cadáveres, não é?

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