terça-feira, 28 de agosto de 2018

Dilma defende a inclusão do Vale do Rio Doce na Sudene

Em visita a Governador Valadares, candidata ao Senado assume compromisso com projeto pelo desenvolvimento da região.
Em sua passagem por Valadares, Dilma fez duras críticas ao atual governo federal, lembrando da lei que limita gastos públicos por 20 anos.

“Colocar Valadares na Sudene é desenvolver Minas Gerais”. 

Com essas palavras, a ex-presidenta e candidata ao Senado, Dilma Rousseff (PT), defendeu a inclusão do Vale do Rio Doce na área de abrangência da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), medida que traria benefícios e incentivos à geração de empregos na região. Dilma esteve em Governador Valadares no domingo (26.08), para uma reunião com mulheres pelo aumento da participação feminina na política, e, em seguida, se encontrou com apoiadores de sua candidatura ao Senado.

A inclusão do Vale do Rio Doce na Sudene foi apresentada na Câmara em forma de um projeto do deputado federal Leonardo Monteiro (PT). Embora o texto tenha sido aprovado pelos deputados, ainda não houve aprovação no Senado. Durante o evento com militantes e apoiadores, Leonardo, que é candidato á reeleição, pediu que Dilma assumisse o compromisso para que a matéria passe pelo Senado e se transforme em lei:

“Nós queremos que a senhora seja nossa porta-voz a partir do ano que vem, no Senado, para garantir emprego e renda na nossa região Leste de Minas Gerais, em Governador Valadares e no Vale do Rio Doce”.

Dilma também fez duras críticas ao atual governo federal, lembrando da lei que limita gastos públicos por 20 anos, provocando o sucateamento dos serviços públicos e congelamento de investimentos em políticas públicas de proteção social. 

“Eles aumentaram a mortalidade infantil, aumentaram o desemprego. O ‘Minha Casa, Minha Vida’ virou ‘Minha Mansão, Minha Vida’, eles só querem fazer casa para rico. Nós dávamos prioridade para as pessoas mais necessitadas, eles não querem incluir o pobre no orçamento. O golpe colocou o Brasil de joelhos. Antes nós éramos respeitados internacionalmente, com um governo democrático que tirou 36 milhões de pessoas da miséria”, disse a candidata.

Estiveram presentes ao encontro representantes de movimentos sociais, lideranças comunitárias e candidatos a vagas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
Citando o ex-presidente Lula como candidato líder nas pesquisas de intenção de voto a presidente, Dilma pediu votos também para os demais candidatos petistas: 
“O presidente Lula precisa ter aquilo que eu não tive, que é uma forte bancada de apoio. Por isso, temos que votar nos candidatos do nosso partido”.

PT x PSDB
Nos discursos dos candidatos a deputado federal e a deputado estadual, foram muitas as lembranças de que os principais adversários dos petistas em Minas são os senadores Aécio Neves e Antonio Anastasia, ambos do PSDB e protagonistas no impeachment de Dilma Rousseff. 

“Precisamos fazer um grande embate político em Minas Gerais. Ou nós vamos derrotar o golpe, ou o golpe vai ser legitimado. A eleição da Dilma tem esse simbolismo maior de derrotar os dois senadores do golpe, um que foi o articulador do golpe e não vai disputar a reeleição pro Senado, e o outro foi o relator do golpe e hoje é candidato ao governo do Estado”, comentou Leonardo Monteiro.

A ex-prefeita de Governador Valadares e candidata a deputada estadual, Elisa Costa (PT), avalia que a eleição de Dilma ao Senado seria uma resposta que demonstraria a rejeição popular ao impeachment. “Em nossos governos [do PT], nós acertamos mais que erramos, e é nos momentos de dificuldade que a gente tem que ir para a rua e defender nosso projeto de desenvolvimento para o país. Vamos dar o troco nos algozes do impeachment, vamos reverter o golpe e tirar o golpista do Senado”, disse Elisa, fazendo referência a Aécio Neves.

Texto e foto : Thiago Coelho, de Governador Valadares.

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