sexta-feira, 5 de julho de 2013

Queijos artesanais sustentam mil produtores no Serro

Serro é recordista no cadastro de produtores do Queijo Minas Artesanal

Dos 255 produtores cadastrados em Minas Gerais, Serro tem 33, Medeiros, 28 e Sabinópolis, 25. Juntas, as cidades têm 34% dos cadastros do Estado
A queijaria da cidade de Medeiros segue as normas do IMA para a produção do Queijo Minas Artesanal
Divulgação/Emater Medeiros
A queijaria da cidade de Medeiros segue as normas do IMA para a produção do Queijo Minas Artesanal
A lista de produtores rurais cadastrados no Programa do Queijo Minas Artesanal em Minas Gerais, atualizada em junho pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), aponta a cidade do Serro como a recordista no cadastramento de produtores. O segundo lugar é do município de Medeiros e o terceiro, é Sabinópolis.
Segundo a coordenadora Técnica do Queijo Minas Artesanal da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Marinalva Soares, existem 255 produtores cadastrados no estado. “A planilha contempla os que estão com as queijarias em funcionamento”. Desses 255, Serro tem 33 produtores cadastrados, Medeiros tem 28, e Sabinópolis, 25.
Juntas, as três cidades têm 34% de produtores cadastrados em Minas Gerais. Entre as cinco regiões mineiras tradicionais na produção do Queijo Minas Artesanal (Araxá, Campos das Vertentes, Cerrado, Serro e Canasta), Serro está na frente, com duas cidades entre as três primeiras: Serro e Sabinópolis, primeiro e terceiro lugares no cadastramento.
Pela legislação estadual vigente, o Queijo Minas Artesanal pode ser produzido em toda Minas Gerais, mas as regiões do Cerrado, Araxá, Canastra, Serro e Campo das Vertentes possuem o título de produtores tradicionais. Os queijos das regiões Canastra e Serro já possuem Indicação Geográfica (IG).
Queijos artesanais sustentam quase mil produtores no Serro
A base econômica da região de Serro, no Alto Jequitinhonha, a 60 km de Diamantina,  é a pecuária de leite. A cadeia produtiva tem valor especial na cidade. “O Queijo Minas Artesanal é uma cultura passada de pai para filho”, diz a extensionista da Emater-MG, Edna Silva. Além da tradição, os queijos artesanais são a principal fonte de sustento de quase mil pecuaristas da região do Serro, sendo que a maioria, 76%, são produtores familiares.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as queijarias do Serro produzem cerca de 380 toneladas por mês. O valor do queijo oscila entre R$ 10 a R$ 15. Segundo a técnica da Emater-MG no município, Edna Silva, a renda é suficiente para melhorar as condições de vida do produtor.
Segundo informa, os produtores do Serro se empenham na comercialização legal do Queijo Minas Artesanal fora do estado. “Essa conquista será efetivada adequando as instalações à legislação vigente. Assim, o produto alcançará o preço justo para a comercialização. Mas essa é uma dificuldade para o produtor”.
Entretanto, segundo informa, a Emater-MG vem cumprindo o papel de agente facilitador, orientando o produtor a cumprir a legislação vigente, a ter assistência técnica nas Boas Práticas de Fabricação e Ordenha, e informando sobre a importância da obtenção da IG. Outra meta comum é divulgar a importância da tradição e da cultura atreladas ao produto.
“O Queijo Minas Artesanal é um bem de natureza imaterial e, merecidamente, recebeu o quarto registro de Patrimônio Cultural do Brasil pelo Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas nas regiões do Serro”. 
Edna Silva lembra que o município sempre foi destaque em concursos do Queijo Minas Artesanal em níveis municipal, regional e estadual, classificando seus queijos e vencendo a maioria deles.
Fonte: Agência Minas

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