sábado, 27 de julho de 2013

Pesquisadora da UFVJM compara sistemas educacionais do Brasil e de Cuba

Educação em Cuba: um modelo a ser seguido
pelo mundo
A educação é um assunto 
de primeira ordem para 
todas as nações. Então por 
que no Brasil ela ainda 
carece tanto de recursos e 
estrutura? 
Para Roberta Traspadini, 
professora da Universidade 
Federal dos Vales do Jequitinhonha 
e Mucuri (UFVJM), a atual falência 
do modelo brasileiro de educação 
está diretamente relacionada à 
vitória do capital transnacional, uma 
herança da década de 1990.

Ao comparar o Brasil com Cuba, a pesquisadora avaliou que "o modelo educacional 
brasileiro é oposto de Cuba. O cotidiano manifesta, por si só, o fracasso da 
universalidade, gratuidade e supremacia do público no sistema educativo 
brasileiro, sendo oposto ao modelo cubano".

Segundo ele, relatório mundial da Unesco sobre educação em 2011, fez uma radiografia 
do sistema cubano e explicitou porque este país é um exemplo concreto para o mundo 
de uma educação exitosa.

"O artigo 205 da constituição cubana garante a educação pública, gratuita e de qualidade 
para todos os seus cidadãos, independente da posição socioeconômica na qual se 
encontram. Mas é o artigo 39 o que chama mais atenção, quando afirma três princípios 
básicos revolucionários de uma educação de qualidade: a. Garantia de avanço na ciência 
e na tecnologia; b. Referencial marxista e martiano de ser social que se pretende formar; 

c. Demarcação da tradição pedagógica progressista cubana e universal", esquadrinhou 
a pesquisadora.
Ainda segundo dados da Unesco, a população cubana é de 11.247.925, sendo que 
2.193.312 matriculados nas respectivas faixas etárias educativas, 9.673 escolas 
públicas, 298.508 professores, 170 mil bolsistas, e 908 mil estudantes em escolas 
semi-internas. Entre 2010 e 2011, formaram-se 85.757 cubanos, 23,4% em cursos 
técnicos, 31,4% em ciências médicas, 14,9% em pedagogia, 9.9% em economia e 20,4% 
em outras áreas.
Roberta Traspadini explica que esses dados são r3esultado de um investimento que 

gira em torno de 30% do PIB cubano, que é de U$60 bilhões, com educação, saúde e 
garantias  sociais.
E o caso brasileiro?

A pesquisadora aponta que, no caso do Brasil, o orçamento público de 2011  foi    
de aproximadamente R$1,5 trilhões. Deste total, 45% foram gastos com o pagamento  
de   dívidas e amortizações e 3% foram gastos com educação, seja ela pública ou 
em parceria   e privada, segundo a auditoria cidadã da dívida.

"A educação pública virou um grande negócio. Cantinas terceirizadas, venda de uniformes 
e de materiais escolares, sucateamento da merenda escolar. Isto, somado à falta de 
recursos para a qualificação profissional e às péssimas condições da superexploração da 
força de trabalho, mostra a real face mercantil da educação pública brasileira", refletiu 
Roberta Traspadini.

Fonte:  Vermelho.Org

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