sexta-feira, 26 de julho de 2013

Festa do Capelinhense Ausente, por José Carlos Machado

XXVII FESTA DO CAPELINHENSE AUSENTE

Em 1817, o naturalista Francês August de Saint Hilaire passou por Capelinha e a primeira impressão que daqui teve foi a hospitalidade a ele dispensada pelos moradores do então povoado da Senhora da Graça da Capelinha. Essa mesma hospitalidade tornou-se a marca registrada desta terra. Capelinha é o orgulho de quantos aqui nasceram ou que, de alguma forma, plantaram raízes neste solo e, após um século de história municipal, continua sendo para cada um de seus filhos a “Terra minha, onde achei uma infância feliz!” Todos os anos, Capelinha festeja o encontro de seus filhos e amigos, com muita alegria e um show de atrações, de tal forma que conterrâneos e visitantes são as principais estrelas da Festa do Capelinhense Ausente.

            Nas última três décadas, Capelinha passou por uma grande mudança de ordem social e econômica. Consolidou-se o parque cafeeiro do município; expandiram-se os plantios de eucalipto; a pecuária e a produção agrícola cresceram; fortaleceu-se e modernizou-se o comércio; chegaram novas agências bancárias, hotéis e restaurantes; foram feitos investimentos em saneamento básico, energia elétrica e telefonia móvel; a população cresceu e nasceram novos bairros na cidade.

            Capelinha tornou-se uma referência regional e estadual na realização de eventos de grande porte. A Festa do Capelinhense Ausente, criada em 1987, projetou a cidade como ponto de destaque turístico. A contratação de artistas famosos e a estrutura montada para o evento movimentaram a cidade e atraíram milhares de visitantes de todas as partes do País. A Festa conseguiu firmar-se como um dos maiores eventos populares do interior de Minas. Em seu palco desfilaram grandes nomes da música popular brasileira, como Zezé di Camargo e Luciano, Skank, Chitãozinho e Xororó, Bruno e Marrone, Biquini Cavadão, Leandro, Alceu Valença, Zé Ramalho, Daniel, Sérgio Reis, 14 Bis, Kid Abelha, Roberta Miranda, Amado Batista, Belchior, Gian e Giovani, Asa  de  Águia e muitos outros.  Naturalmente, no mesmo palco desses ídolos também se apresentaram artistas locais e da região.

            Em 2013, a XXVII Festa do Capelinhense Ausente mantém o seu absoluto sucesso. A Prefeitura Municipal, o tempo todo preocupada com as questões culturais de nosso povo, reedita o Galpão Cultural, que a partir de 2011 ganhou novas instalações. Mais conforto e prestígio para os artistas locais e regionais. O Galpão Cultural tem sido um espaço para apreciação da mundialmente cobiçada arte e cultura do Jequitinhonha, com exposição e comercialização de trabalhos artesanais de Capelinha, Turmalina, Berilo, Araçuaí, Itinga, Virgem da Lapa, Minas Novas, etc. É também ideal para degustação dos sabores da “terrinha” e confraternização de amigos.

Os empresários de Capelinha e de outras cidades exibem com orgulho, em belos e luxuosos stands, não apenas o fruto de seu trabalho, mas também modernas máquinas e equipamentos para a agroindústria, moderníssimos carros, alternativas tecnológicas, etc. 

Enfim, com toda esta animação, a XXVII Festa do Capelinhense Ausente, tal qual apregoa o seu solgan, lembra que “É hora de voltar pra casa.”

José Carlos Machado é Professor, Pesquisador, Escritor e Historiador, Presidente da Academia Capelinhense de Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.


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