O Poder das Redes Sociais
José Carlos Machado
Impressiona-nos o poder de mobilização que as redes sociais vêm adquirindo no Brasil. Em apenas alguns poucos dias - ou horas, dependendo do assunto – a “teia” da comunicação é acionada e inicia-se um reboliço...!
Blogs e correntes de e-mails tornaram-se armas poderosas contra as mazelas, omissões e arbitrariedades dos mandatários brasileiros.
Por vezes, Brasília se torna palco de manifestações-relâmpago e, quando os políticos menos esperam, assistem a passeatas marcadas por reivindicações veementes apregoadas em palavras de ordem já ensaiadas na Net. Orkut, Facebook, Tweeter, Sônico e outros sítios eletrônicos tornaram-se paraísos da democracia e de um sem número de ações cidadãs.
Sobretudo a partir do ano 2000, o acesso aos computadores pessoais e à rede mundial aumentou consideravelmente. Não apenas as classes sociais A e B desfrutam dessa moderna tecnologia que tornou mais efetivo o processo de globalização das informações. Graças à ação de pioneiros como Steve Jobs e Bill Gates, as classes D e E TAM acesso à mídia que está revolucionando os costumes e a cultura do mundo inteiro.
Tais afirmações fazem-se especialmente notórias se considerarmos que até mesmo no Vale do Jequitinhonha a utilização da rede mundial de computadores tornou-se lugar comum. Sim, o Vale do Jequitinhonha que há menos de duas décadas ainda era considerado “o fim do mundo” ou o lugar “onde Judas perdeu as botas”...!
Para que se entenda a dimensão desse tráfego de informações entre pessoas e comunidades, basta saber, por exemplo, que o Blog do Banu, da cidade de Berilo, acaba de alcançar 700 mil acessos! Em apenas 5 meses, o site da Prefeitura Municipal de Capelinha aponta mais de 20 mil acessos.
A par disso, a grita reivindicatória de campi da Universidade dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM – transformou-se num rastilho de pólvora!
Ninguém segura mais o movimento organizado do Vale em favor dos interesses sociais e comunitários.
Nos anos 1970/80, o Movimento Cultural do Vale do Jequitinhonha alavancou muitas e significativas conquistas. Mais teria conseguido se, àquela época, contasse com essa moderna ferramenta tecnológica.
José Carlos Machado é professor, poeta e cronista de Capelinha, no Alto Jequitinhonha. Formado em Letras pela PUC-Minas. Já publicou Senhora da Graça da Capelinha, Poemação, A questão dos limites entre os municípios de Capelinha e Veredinha; participou da coletânea de poesias do Vale, Arreunião e do recente Antologia Poética do Vale do Jequitinhonha. Atualmente é Assessor de Comunicação da Prefeitura de Capelinha.
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