Teófilo Otoni se colore de vermelho e branco para curtir a boa fase do América local, que faz grande campanha no Campeonato Mineiro e enche os torcedores de orgulho, publicou o Jornal Estado de Minas no sábado, 02/04.11.
O Caderno Superesportes do Jornal Estado de Minas enfocou, em duas páginas, a campanha do América no Campeonato Mineiro.
A reportagem de Roger Dias e Fotos de Jorge Gontijo destacam a mobilização da cidade em torno do time.
Teófilo Otoni – Com 157 anos de história, conhecida no país pelo extrativismo e lapidação de pedras preciosas, como esmeraldas, águas-marinhas, topázio e quartzo, a tranquila Teófilo Otoni, cidade do Vale do Mucuri a 468 quilômetros de Belo Horizonte, comemora com entusiasmo a rápida ascensão do América-TO no Campeonato
Mineiro. Animados com a posição de destaque do Dragão, os torcedores estão orgulhosos ao vestir a camisa alvirrubra e fazem muita festa. Nos bares, ruas, praças e até nas igrejas, o assunto do momento é a grande fase da equipe, que mostra capacidade, força e luta em pé de igualdade com adversários tradicionais por vaga entre os primeiros na classificação.
A euforia que tomou conta da vida do torcedor é justificável. A região do Vale do Mucuri jamais foi representada por um clube na elite estadual. O América-TO, fundado em 12 de maio de 1936, somente há três anos começou a buscar espaço no cenário do futebol mineiro e conquistar torcedores. Apesar das enormes dificuldades com a limitação dos recursos e a falta de estrutura, os dirigentes mostram competência administrativa, preocupam-se com o balanço financeiro e o pagamento em dia dos salários de jogadores e funcionários. A folha salarial do clube é de R$ 120 mil e a prefeitura dá uma ajuda anual de R$ 50 mil. Desde o ano passado, o Dragão mantém parcerias com Cruzeiro e Santos, que cedem ao alvirrubro atletas pouco aproveitados.
Na cidade, até quem não tem interesse no futebol ou nunca foi ao estádio se esforça para manter o clima de união em torno do sucesso. Muitos torcedores, inclusive, deixaram de lado a paixão por forças do país como Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo para apoiar o Dragão. De acordo com o comerciante Magno Lemos, gerente de loja de material esportivo, a venda de camisas do clube superou as expectativas do mercado local. “Temos somente peças infantis. Vendemos mais de 800 nos últimos meses. Enviei algumas para Belo Horizonte, por solicitação de vários torcedores que moram lá.” Cada uma custa R$ 80. A onda con
tagia um ilustre conterrâneo: Fred. O atacante do Fluminense postou no Twitter o sentimento de orgulho pelo êxito americano.
Gero Eugênio Silvestre gastou quase R$ 2 mil para deixar toda a família vestida com as cores do clube
Por causa da euforia, casas, pontos comerciais e praças se coloriram de vermelho e branco. Há bandeiras por todo o município. “Se depender da nossa animação, a equipe ainda vai muito longe. Somos fanáticos pelo time e não faltamos a um jogo aqui na cidade”, conta o funcionário público Gero Eugênio Silvestre, de 32 anos, que aderiu a campanha recente da diretoria do clube, comprou camisas para mulher e filhos e ganhou um carnê com ingressos para as partidas no Nasrri Mattar. Gastou cerca de R$ 2 mil, mas em nenhum momento se arrependeu. “Qualquer esforço é válido para ver o Mecão jogar”, diz a mulher, Viviane Maraci Chaves, de 34, que sempre leva Maria Eduarda, de 13, e João Pedro, de 9 meses, ao estádio. Nos jogos fora, os torcedores formam pequenos grupos em torno do rádio.
DIREITO A BAILE
Os jogadores também curtem a boa fase e adoram o apoio das pessoas. Por isso, posam para fotos, distribuem autógrafos, frequentam os mesmos lugares e brincam com os inúmeros fãs. Alguns devem até comparecer a um baile hoje à noite, no Clube Cavaleiros Rosa Mística, promovido por uma das torcidas organizadas para arrecadar recursos e comprar material para os jogos, como camisas, bandeiras, fogos de artifício e confetes. “Esperamos que o grupo de jogadores nos apoie, pois queremos o bem do clube”, ressalta Rodrigo Sena, de 29 anos, um dos organizadores do evento.
Na última temporada, o América-TO, que terminara em terceiro lugar o Módulo II em 2009, só disputou o Módulo I pela primeira vez porque herdou a vaga do Rio Branco, de Andradas, que desistiu da competição. Os dirigentes não tiveram tempo de formar uma equipe de qualidade e contentaram-se em apenas lutar contra o rebaixamento – o objetivo foi conquistado com o 10º lugar.
Em 2011, o Dragão se preparou muito para fazer campanha de destaque. A permanência do técnico Gilmar Estevam, vice-campeão e artilheiro do Estadual de 1991 pelo Democrata-GV e campeão da Copa Libertadores de 1992 pelo São Paulo, é um dos fatores do sucesso do time. “O América é um clube modesto, mas sabemos que o crescimento depende da organização e da vontade do grupo. Somos uma família unida, que luta pelos objetivos”, ressalta o treinador, de 43 anos.
Gero Eugênio Silvestre gastou quase R$ 2 mil para deixar toda a família vestida com as cores do clube
Por causa da euforia, casas, pontos comerciais e praças se coloriram de vermelho e branco. Há bandeiras por todo o município. “Se depender da nossa animação, a equipe ainda vai muito longe. Somos fanáticos pelo time e não faltamos a um jogo aqui na cidade”, conta o funcionário público Gero Eugênio Silvestre, de 32 anos, que aderiu a campanha recente da diretoria do clube, comprou camisas para mulher e filhos e ganhou um carnê com ingressos para as partidas no Nasrri Mattar. Gastou cerca de R$ 2 mil, mas em nenhum momento se arrependeu. “Qualquer esforço é válido para ver o Mecão jogar”, diz a mulher, Viviane Maraci Chaves, de 34, que sempre leva Maria Eduarda, de 13, e João Pedro, de 9 meses, ao estádio. Nos jogos fora, os torcedores formam pequenos grupos em torno do rádio.
DIREITO A BAILE
Os jogadores também curtem a boa fase e adoram o apoio das pessoas. Por isso, posam para fotos, distribuem autógrafos, frequentam os mesmos lugares e brincam com os inúmeros fãs. Alguns devem até comparecer a um baile hoje à noite, no Clube Cavaleiros Rosa Mística, promovido por uma das torcidas organizadas para arrecadar recursos e comprar material para os jogos, como camisas, bandeiras, fogos de artifício e confetes. “Esperamos que o grupo de jogadores nos apoie, pois queremos o bem do clube”, ressalta Rodrigo Sena, de 29 anos, um dos organizadores do evento.
Na última temporada, o América-TO, que terminara em terceiro lugar o Módulo II em 2009, só disputou o Módulo I pela primeira vez porque herdou a vaga do Rio Branco, de Andradas, que desistiu da competição. Os dirigentes não tiveram tempo de formar uma equipe de qualidade e contentaram-se em apenas lutar contra o rebaixamento – o objetivo foi conquistado com o 10º lugar.
Em 2011, o Dragão se preparou muito para fazer campanha de destaque. A permanência do técnico Gilmar Estevam, vice-campeão e artilheiro do Estadual de 1991 pelo Democrata-GV e campeão da Copa Libertadores de 1992 pelo São Paulo, é um dos fatores do sucesso do time. “O América é um clube modesto, mas sabemos que o crescimento depende da organização e da vontade do grupo. Somos uma família unida, que luta pelos objetivos”, ressalta o treinador, de 43 anos.
Publicado no site do http://www.afcto.com.br/noticias/indexmultimidia.php
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