sábado, 29 de agosto de 2009

Promotoria e Polícia Ambiental proíbem exploração de areia fina
Almenara - Vale do Jequitinhonha
Foto: Audiência Pública sobre areia na praia de Almenara
O Comandante do 4º Pelotão Especial de Meio Ambiente, Tenente Rubens Balbino e o Promotor de Justiça da Comarca de Almenara, Dr. Bruno César Jardine, promoveram, nesta quinta feira, (27), uma palestra sobre a extração de areia no município de Almenara. Esta palestra foi fundamental para iniciar o processo de recuperação da praia de Almenara, Baixo Jequitinhonha, no nordeste de Minas. Esta questão é de preocupação geral da população interessada na preservação daquela que um dia foi orgulho regional: a praia de Almenara, às margens do rio Jequitinhonha.
É pratica comum no município utilizar areia da praia na construção civil. Como a areia é muito fina, o acabamento da argamassa para reboco das paredes fica consideravelmente melhor do que a terra preta.
Canteiro de obras
O município de Almenara vive um momento favorável na construção civil, seja no asfaltamento de estradas do Programa Pro Acesso, ou na melhoria do saneamento. Até mesmo na construção IFET (antigo Cefet), a areia fina e a cascalho lavado estão em alta.
Para atender toda essa demanda caçambas e tratores exploravam sem cerimônia o recurso em areias públicas e, no caso, da praia de Almenara - Área de Proteção Ambiental.
Vereador confessa crime ambiental
O ex-vereador Jose Carlos, “Zé Carlos da Caçamba” , um dos presentes na palestra, revelou que somente ele retirou mais de duas mil caçambas de areia fina da praia. Segundo ele, os destinos foram para as obras públicas citadas anteriormente e construções particulares da cidade. Ele acredita que mais de cinqüenta mil metros cúbico de areia fina já foram retirados somente da praia de Almenara.
O Ministério Público finalizou a palestra informando o que realmente interessava a natureza. Ficou decidido que a partir do dia 28 de agosto de 2009 estão proibidas as extrações de areia fina e ou lavada da praia do Rio Jequitinhonha e no córrego do São Francisco por máquinas, tratores e ou caminhões”.
Prazo para adaptação
O Promotor deu um prazo 240 dias para os carroceiros se organizarem como associação para em seguida providenciar a licença ambiental necessária para explorar em outra área a areia para a construção civil. Segundo a Policia de Meio Ambiente a exploração da areia por parte dos carroceiros tem um impacto bem menor e reversível nas periódicas enchentes do rio Jequitinhonha.
O fechamento da palestra ficou por conta do Sargento Nogueira. Ele lembrou que a multa para o crime ambiental de extração irregular da areia é de R$10.001,00 ( Dez mil e um reais). Segundo ele, a população pode ajudar na preservação da praia através da denúncia pelo 190.

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