segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Leite: maior produção vem de pequenos agricultores

Vale do Jequitinhonha reúne pequenos pecuaristas
Produtores se encontram no III Circuito de Pecuária de Leite Familiar
Será realizado nas cidades de Itaobim e Santo Antônio do Jacinto, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas, o III Circuito Pecuária de Leite Familiar, dentro do Programa Minas Leite, que atende a pequenos produtores com produção abaixo de 100 litros/dia.

A renda dos produtores que aderiram ao programa Minas Leite, criado pela Secretaria da Agricultura, aumentou cerca de 40% em dois anos, com um acréscimo médio superior a R$ 11,4 mil em consequência da venda do produto e comercialização de bezerros. De acordo com o coordenador do programa pela secretaria, Rodrigo Puccini Venturin, “a melhoria da gestão das atividades e principalmente a redução de gastos com a alimentação das vacas foram de fundamental importância para a obtenção desses resultados”.
Venturin explica que “os resultados correspondem à proposta do Minas Leite, de proporcionar uma produção sustentável, o aumento da oferta e a melhoria da qualidade do alimento, com redução de custos, e assim incrementar a renda familiar”. Cada uma das 140 propriedades mineiras acompanhadas pelo programa tinha inicialmente uma renda anual de quase R$ 30 mil, sendo a cifra de R$ 26 mil por conta da retirada de leite e o restante garantido pela venda de animais novos.
Lucro maior
“Portanto, a receita média subiu para R$ 41,4 mil depois que as propriedades adotaram novas práticas de manejo e diminuíram o volume de concentrado”, enfatiza o coordenador. Ele acrescenta que o custo médio do alimento para vacas em lactação, em cada propriedade, caiu cerca de 20%. Era de aproximadamente R$ 1,5 mil por ano e atualmente é inferior a R$ 1,2 mil.
O coordenador do Minas Leite pela Secretaria da Agricultura destaca a atuação dos extensionistas da Emater-MG. “Eles recomendam aos produtores a manutenção do equilíbrio no número de vacas por hectare. Esta medida possibilita principalmente a melhoria das condições de alimentação dos plantéis”, observa Venturin.
Ele ressalta ainda que “o correto manejo das vacas está conjugado com a utilização de ração conforme as necessidades de cada animal”. Para facilitar o controle da alimentação, os animais são colocados em piquetes ou áreas de pastagem protegidas por cercas eletrificadas, que podem ter como suporte estacas de madeira ou bambu obtidos na propriedade. Nos piquetes, que são instalados próximos do local de ordenha, há uma área com sombra onde os animais encontram alimento básico constituído de cana-de-açúcar com uréia, além de sal e água.
Mais fertilidade
De acordo com o coordenador do Minas Leite pela Emater, Elmer Ferreira Luiz de Almeida, o cuidado com a alimentação gera benefícios como o aumento de fertilidade. O relatório das ações do Minas Leite em dois anos mostra que houve aumento da ordem de 100% no número de animais nascidos nas fazendas assistidas pelo programa nesse período. Cada lote de 23 vacas gerava por ano
cerca de 7 bezerros e atualmente a relação é de 23 para 14.
Atividade forte
Minas Gerais é o maior produtor nacional de leite, com 7,2 bilhões de litros/ano, totalizando um terço de toda a produção no país. O excedente exportável do Estado alcança 3,5 bilhões de litros/ano e o rebanho leiteiro, também o maior do país, é composto por 7 milhões de vacas. Na atividade, que gera 1,2 milhão de empregos, mais de 70% dos produtores são de pequeno porte, com a retirada abaixo de 100 litros por dia. Esses produtores podem se cadastrar no Minas Leite, nas unidades da Emater, devendo comprovar a sua condição de agricultor familiar.
Encontro
Em Itaobim,acontecerá no dia 26/08/2009, de 7 às 18 horas no Clube AABB da cidade.
Maiores informações no seguinte telefone: 33 3734-1275.
Em Santo Antônio do Jacinto,
acontecerá no dia 25/08/2009, de 7 às 18 horas na Academia Fisicus da cidade.
Maiores informações no seguinte telefone: 33 3747-1120

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