quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Prevenir é o melhor remédio contra Gripe suína


Gripe Suína
Hábitos de higiene são maneiras simples de evitar Influenza A
Muitas pessoas estão confundindo gripe com resfriado e gripe comum com gripe suína. É preciso saber a diferença entre essas doenças para se evitar pânico, corridas a ambulatórios médicos e pedidos de licença desnecessários.
Segundo o superintendente de Epidemiologia da SES, Francisco Lemos, é considerado caso de síndrome gripal por Influenza A, a pessoa com doença aguda (duração máxima de cinco dias), apresentando febre (ainda que referida), acompanhada de tosse ou dor de garganta, na ausência de outros diagnósticos.
PREVENÇÃO
A prevenção ainda é a maior arma contra a propagação da doença e as medidas são simples:
- lavar freqüentemente as mãos com água e sabão;
- seguir a etiqueta de tosse - ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com o antebraço ou com um lenço de papel descartável;
- não compartilhar utensílios e alimentos, inclusive toalha de rosto;
- evitar contato íntimo com outras pessoas (abraços, beijos);
- manter portas e janelas sempre abertas para a boa circulação do ar;
- manter disponível sabonete, álcool gel e papel toalha;
- evitar eventos em auditórios e aglomerações;
- colocar máscara em quem apresentar o sintoma, mantendo a pessoa sintomática isolada e quem fizer o manejo do sintomático deve, sempre que possível, usar máscara e imediatamente lavar as mãos ou usar o álcool gel.
O epidemiologistas Francisco Lemos explica que caso suspeito de doença respiratória aguda grave acontece quando o indivíduo de qualquer idade tem doença respiratória aguda, caracterizada por febre superior a 38° C, tosse e dispnéia, acompanhada ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais. Nesse caso, devem ser coletadas amostras de todos os casos, apresentando ou não fator de risco para complicações.
SINTOMAS
Alguns sinais e sintomas que indicam a doença respiratória aguda grave devem ser observados:
aumento da freqüência respiratória – maior do que 25 irpm (inspirações e respirações por minuto) e hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente (a pressão abaixa). Em crianças, além dos itens acima, deve ser observado também: batimentos de asa de nariz, cianose (pontas dos dedos e lábios roxos), tiragem intercostal, desidratação e inapetência.
Francisco Lemos ressalta, ainda, que “é importante salientar que o tratamento dos pacientes com síndrome gripal, seja leve ou grave, não depende do resultado do exame”.
A indicação do antiviral segue normas do protocolo de enfrentamento do Ministério da Saúde.
Vigilância e assistência
As pessoas com quadro de síndrome gripal e com vínculo epidemiológico, ou seja, com história de viagem a área afetada ou contato com caso suspeito ou confirmado de Influenza A (H1N1), deverão preferencialmente entrar em contato com o Call Center (0800.2832255) para orientação e encaminhamento ao serviço de referência.
As pessoas com quadro de síndrome gripal e com vínculo epidemiológico que procurarem os serviços de saúde (unidades básicas de saúde, serviços de atendimentos de urgência e emergência, consultórios médicos, hospitais, entre outros), deverão ser encaminhadas ao serviço de referência. Aquelas com quadro de síndrome gripal e sem vínculo epidemiológico deverão procurar os serviços de saúde do seu município.
Já as pessoas com quadro de síndrome gripal e sem vínculo epidemiológico que procurarem os serviços de saúde, mas que apresentarem fatores de risco (menores de 2 anos ou maiores de 65 anos, gestação, uso de medicamentos imunossupressores, uso de corticóide por período prolongado, comorbidades, como diabetes mellitus e doença renal), ou ainda critérios de gravidade (desidratação,vômitos, diarréia; confusão mental; freqüência respiratória maior do que 30 respirações por minuto; Pressão Arterial diastólica maior 60 mmHg ou Pressão Arterial sistólica menor que 90 mmHg; evidência clínica, laboratorial ou radiológica de pneumonia; entre outros), deverão ser encaminhadas aos serviços de referência.
Se os sintomas forem leves, o médico fará as recomendações para o isolamento familiar e afastamento do trabalho, além de prescrever tratamento dos sintomas, não sendo feita confirmação laboratorial.
A confirmação da nova gripe por exame laboratorial será feita nos casos graves ou em amostras nos casos de surtos localizados no Instituto Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro.
Gripe x resfriado
A gripe comum tem sintomas bem parecidos com os de resfriado, caracterizados por dificuldades respiratórias, que provocam congestão nasal, tosse, rouquidão, febre, dor muscular e de cabeça e mal-estar. É considerado, no entanto, uma doença mais leve, apesar de poder ocorrer complicações, como otites, sinusites e bronquites. Outra diferença importante é que a gripe é causada somente por um tipo de vírus, o Influenza, que possui três subtipos A, B e C (o A e o C podem ocasionar também doenças em animais). Já o resfriado pode ser provocado por 200 tipos de vírus. Além disso, na gripe, o quadro clínico costuma ser mais grave que o resfriado, e o vírus Influenza sofre mutações freqüentes.
Gripe Comum X Influenza A
Os sintomas da gripe comum e da Influenza A (H1N1) também costumam ser parecidos, sendo as duas caracterizadas por febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações e coriza (nariz escorrendo). Elas, no entanto, são causadas por diferentes subtipos do vírus Influenza.
A Influenza ou Gripe A (H1N1) é uma doença respiratória aguda, altamente contagiosa de pessoa para pessoa, causada por um novo subtipo do vírus Influenza que teve origem na recombinação genética do vírus de origem suína, humana e provavelmente aviária.
Surto
Surto de Síndrome Gripal é um dos termos usados quando se fala em Influenza A (H1N1). É considerado um surto quando ocorrem três ou mais casos suspeitos em ambientes fechados ou restritos no intervalo de até cinco dias após a data do início dos sintomas.
Atualmente, o diagnóstico é feito de duas formas: exame laboratorial dos casos graves e de surtos e nos municípios onde aparece o primeiro caso e é possível manter a vigilância e vínculos epidemiológicos.

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