Ônibus do transporte escolar precisam ser renovados
Prefeituras de Caraí, Catuji, Chapada do Norte e Minas Novas reclamam dos governos
Maurício Lara - Estado de Minas, publicado em 03/07/2011
Manoel Luiz, motorista de ônibus escolar em Caraí, no Médio Jequitinhonha, nordeste de Minas, admite ser impossível manter veículo "perfeito".
O projeto Caminho da Escola, do Ministério da Educação, tem como um dos principais objetivos possibilitar a melhoria da frota de veículos pelo país afora. Desde 2007, o programa atendeu 3.282 municípios, que adquiriram 12.091 ônibus com financiamento facilitado e juros subsidiados pelo BNDES ou permitindo aos municípios a participação em pregões eletrônicos. Os ônibus do projeto têm estrutura reforçada, para-choques mais altos, portas mais largas e espaço interno para cadeiras de rodas, bancos para três estudantes e corredores mais estreitos para evitar passageiros em pé.
A prefeitura de Catuji, também no Médio Jequitinhonha/Mucuri, já adquiriu dois, levando a diretora da Escola Municipal Porfírio Ferreira, na comunidade de Santa Bárbara, atendida por um deles, a festejar: “O ônibus é bonitinho. Tem até lugar para cadeirante”.
O motorista José Neris Chaves encontrou uma forma própria para definir a resistência dos novos ônibus: “É igual a um jegue, não quebra”.
A prefeitura de Caraí tem quatro desses veículos; a de Minas Novas, no Alto Jequitinhonha, comprou seis e a de Chapada do Norte aguarda a chegada de dois, um menor que custou R$ 135 mil e outro maior que saiu por R$ 245 mil. “Tínhamos de ter mais incentivo do governo”, observa o secretário de Educação, Odair Macedo.
Sem incentivo, as prefeituras não têm possibilidade de renovar a frota ou de adquirir veículos adequados. Os ônibus urbanos velhos que elas compram não são preparados para circular em estradas tão ruins. “As pontas de para-choque vão embora. Não tem como manter o carro perfeito”, diz Manoel Vieira Luiz, de 56, motorista de um ônibus 1992, que presta serviços à prefeitura de Caraí.
O uso do cinto é outro capítulo complicado na novela do transporte escolar. Os ônibus velhos nem têm o equipamento e, quando têm, os estudantes não usam. “A gente obriga a usar o cinto, mas eles falam que não vão colocar. Quando usam, é para esticar no corredor à noite e fazer os colegas caírem”, revela o motorista José Neris Chaves, de Catuji.
O governo de Minas prepara diagnóstico do transporte escolar do estado, por meio do qual quer otimizar o repasse de recursos.
Prefeituras de Caraí, Catuji, Chapada do Norte e Minas Novas reclamam dos governos
Maurício Lara - Estado de Minas, publicado em 03/07/2011
Manoel Luiz, motorista de ônibus escolar em Caraí, no Médio Jequitinhonha, nordeste de Minas, admite ser impossível manter veículo "perfeito".O projeto Caminho da Escola, do Ministério da Educação, tem como um dos principais objetivos possibilitar a melhoria da frota de veículos pelo país afora. Desde 2007, o programa atendeu 3.282 municípios, que adquiriram 12.091 ônibus com financiamento facilitado e juros subsidiados pelo BNDES ou permitindo aos municípios a participação em pregões eletrônicos. Os ônibus do projeto têm estrutura reforçada, para-choques mais altos, portas mais largas e espaço interno para cadeiras de rodas, bancos para três estudantes e corredores mais estreitos para evitar passageiros em pé.
A prefeitura de Catuji, também no Médio Jequitinhonha/Mucuri, já adquiriu dois, levando a diretora da Escola Municipal Porfírio Ferreira, na comunidade de Santa Bárbara, atendida por um deles, a festejar: “O ônibus é bonitinho. Tem até lugar para cadeirante”.
O motorista José Neris Chaves encontrou uma forma própria para definir a resistência dos novos ônibus: “É igual a um jegue, não quebra”.
A prefeitura de Caraí tem quatro desses veículos; a de Minas Novas, no Alto Jequitinhonha, comprou seis e a de Chapada do Norte aguarda a chegada de dois, um menor que custou R$ 135 mil e outro maior que saiu por R$ 245 mil. “Tínhamos de ter mais incentivo do governo”, observa o secretário de Educação, Odair Macedo.
Sem incentivo, as prefeituras não têm possibilidade de renovar a frota ou de adquirir veículos adequados. Os ônibus urbanos velhos que elas compram não são preparados para circular em estradas tão ruins. “As pontas de para-choque vão embora. Não tem como manter o carro perfeito”, diz Manoel Vieira Luiz, de 56, motorista de um ônibus 1992, que presta serviços à prefeitura de Caraí.
O uso do cinto é outro capítulo complicado na novela do transporte escolar. Os ônibus velhos nem têm o equipamento e, quando têm, os estudantes não usam. “A gente obriga a usar o cinto, mas eles falam que não vão colocar. Quando usam, é para esticar no corredor à noite e fazer os colegas caírem”, revela o motorista José Neris Chaves, de Catuji.
O governo de Minas prepara diagnóstico do transporte escolar do estado, por meio do qual quer otimizar o repasse de recursos.
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